Desolação

Meu “eu poético” está morrendo...

Não sei se irá se recuperar.

Está pra baixo, triste, abatido...

As beiras de se desmoronar.

São destroços, de destroços, de destroços...

São tantos pedaços pra ajuntar!

Tem cacos, frangalhos e caquinhos...

E um fardo pesado pra carregar!

Tem farrapos soltos pelo ar...

São tantas partes pra colar!

Meu “eu poético” está morrendo...

Está na UTI, sem animação...

Está abatido, consternado, amargurado

Já nem sei se ele vai suportar

Passar por tanta devastação!

E depois que juntar os pedaços?

E quando, enfim, recobrar a razão?

E o que fazer com as cicatrizes

Depois de tantos escombros pelo chão?

Mesmo se conseguir juntar todos os pedaços

Meu “eu poético” jamais será o mesmo!

Ressurgirá, ele, como a fênix?

Quem saberá?

Cala-se no agora.

O resto, o tempo dirá.

...

Elaine Márcia, Porto Velho - RO, 10/11/15.

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Elaíne Marcia

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Comentários

  • É verdade Elaine, és fantástica. Parabéns querida.

  • Você estar mais viva do que jamais esteve, quem se encontra morto não compõe, não respira, não escreve, não fala!

    Quero pensar que isso é só uma  limpeza de alma aclarando seus caminhos que seguem poetizado por você

  • Beijos e beijos, meninas lindas!
    Muitíssimo obrigada!
    Abraços carinhosos.
  • Se esta morrendo e ainda com tudo escreve assim...

     Com segurança sana na UTI e nos deixas a todos afora de seu Olimpo, poeta linda.

     Maravilha de poema.

     Metáforas belissimas.

     Os escombros em pedaços pelo chao nas vidas são mui difícies de reconstruir.

     E com tudo, sempre, sempre, ficaran as marcas... e ocos vazios.

     

     Beijos e obrigada

     Parabéns!

    3587184?profile=original

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