E a estrela brilhou

                                                                                   E a estrela brilhou                                                                                        

 

Numa infinita espera

Percebi como andarilho

As estrelas opacas à espera

Da magia de seu brilho...

 

Fitei o céu em desatino

E verti gotas de saudade

Do meu anjo pequenino

Que procurava debalde...

 

Antes da estrela vespertina

Tudo era triste e cinzento

Corpo isolado, cerrada cortina

Momentânea paz no aposento...

 

E não se via em algum lugar

Do distante firmamento

Um esmaecido e suave piscar

Porque na terra era só lamento...

 

Num instante, uma mão angelical

Reacendeu o brilho nos astros opacos

Que se estendeu no etéreo manto

A luz resplandecente dos astros...

 

E a minha estrela refletiu seu brilho

Na face pálida, esquálida, em pranto

Da mulher que trazia no colo o filho

Para saudar a Ave Maria co’um canto...

Mena Azevedo

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Mena Azevedo

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • É verdade, Adria! Muito obrigada pela sua presença! Feliz semana! Bjs.

  • Querida Nieves, muito obrigada! Excelente semana! Bjs.

  • Obrigada, querida Edith! Bjs. Ótima semana!

  • Muito lindo, querida. Adorei ler. Poema de uma ternura encantadora.

    3585106?profile=original

  •  Feliz semana

    3584885?profile=original

    3585037?profile=original

    Uma maravilha, amadissima Mena.
     Quanta beleça, poeta!
     Te quero demais.
     Parabéns!
This reply was deleted.
CPP