Chove choverando
Chuviscos chove
Chuva fina...
Na calçada,
Do Rio Vermelho
Pó e cipó,
Poeira levanta,
Coriscos cantam.
Chove choverando
Chuva e agonias,
Na noite fria,
Inundação... sem fim.
Chove chove
E molha...
A terra ressequida,
De mais uma noite,
Sofrida!
Chove choverando
Chove chuviscos
Barro vermelho
Poeira no chão.
Chove chove, agora
Bem longe daqui,
Bem dentro de mim.
Chove choverando
Oh, Chuva!
Estás pronta,
Para partir?
E a chuva se foi
E a chuva cessou.
E a chuva se encolheu
Na menina dos meus olhos
Que dormia mansamente,
Embebendo - lágrimas salgadas!
Chove choverando
Chuva,
Gota a gota,
Turbilhão voraz,
Buraco negro.
E some na imensidão...
E some na escuridão!
Chove choverando
Chuviscos...
Chuva,
E esperanças!
Elzana Mattos
À Divina...
Cora Coralina!
Comentários
¡Qué beleça, Zana!
Muito bom jogo de palavras, que faz do peoma uma doce melodía, muito musical, alegre...
E a foto... ¡ Nossa! Parece que estou olhando um paisagem muito antigo de casas de Canarias!
Eran assim antigamente, e ainda se conservan algumas.
Belissima a foto.
¿De onde é, amiga?
Muito boa, muito bela sua poesía cantarolando com a chuva.
Parabéns de coração.
Bravo, amiga!
Beijos grandes
Belo día!
Querida Nieves,
Este poema foi dedicado à Poetisa Cora Coralina.
Uma das mais singelas e nobres poetisas do nosso país.
Estes versos surgiram um dia antes da casa de Cora Coralina
ser quase destruída por uma fonte enchente...
Esta foto é do casarão da escritora no Estado de Góias Velho,
144 km de Goiânia. Hoje, Museu Cora Coralina.
Um abraço carinho,
Zana
Não sabia!
Bela demais!
Pois assim ou similares- com patio interno - são as casas antiguas Canarias!
Beleça.
Obrigado, querida Zana.
Beijos
Qué belo detalhe, querida Zana.
Muito obrigada, flor.
Beijos