Entre terra e flores
Caminho sob as flores de Setembro.
No chão as folhas de Agosto ainda crepitam
Sob os meus pés cansados
O cheiro do húmus chega até minhas narinas
Sou eu entre terra e flores
Sinto-me sepultada
Numa morte só minha
Da qual ninguém soube
Nem do velório participou
Chorei o meu próprio defunto
Não foram necessárias carpideiras
Chorei por uma comunidade inteira
E assim caminho morta
Por esse belo jardim
Ouço som de pássaros,crianças
Vejo a vida a correr sorrindo
Ao redor de mim
Mas sinto tudo tão distante
Uma morta entre os vivos
Por Deus...Porque me sinto assim?
Entre dois mundos a caminhar
Ah! Se eu pudesse optar
Pularia para lá
Ou saltaria para cá
Marize Rodrigues Ukwakusima.
Comentários
Parabéns Marize pela linda inspiração.
Sim, qué bom seria um mundoperfeito, mas nunca ao estilo Hulley
Beijos, poeta, amiga linda.
Parabéns.
Bom dia