Não me reconheço na textura deste amor
Sei que me envolvo mais e mais e bem mais
Amoleço os sentidos, o que dói fica indolor
O que queima, abranda ante meus líricos ais
Aflora em meu peito uma espalhafatosa chama
Emergem dos meus olhos belezas raras e colossais
Minhas mãos apalpam quem inesgotavelmente clama
Besouros mitológicos do amor de nossos ancestrais
Beijo a flor matinal e ouço pássaros ciciando na mata
Andeja um sol efervescente no céu isolado de nuvens
Só a saudade, mesmo que efêmera, em choro desata
Daqui, o que se leva, deixemo-lo jazendo nas pastagens
Muitos hão de vir, vários, e farão emboscadas à sua cata
Levemos somente a essência do amor para novas aragens
Comentários
Achei lindo lindo seu poema. Parabéns pela beleza da obra.
Olha, Rui, ficou muito lindo mesmo seu poema!
Parabéns!
Abraços carinhosos.
Bravo, Rui!!!!
Qué maravilha de soneto, Santa María!
Espectacular.
Uma obra mestra, poeta.
Meus aplausos.
Feliz semana e felizes festas!
Abraços