ESTIMATIVA

ESTIMATIVA

Talvez o destino assim determine,
Que do verso eu não seja um virtuose,
Mas, se nele houver o que me define,
Toda falta se encherá dessa dose.

Sem moralismo em dourada vitrine 
Que da madeira oculta a necrose,
Quem sabe só em meus olhos se ilumine
Meu heroísmo sem apoteose.

Venci a mim mesmo nas lutas sem clavas.
Sem troféus, eu venci o escuro dos dias. 
Só não venci a distância a que irias.

Eu fui porta fechada, sem aldravas. 
Não pude ser o que tu desejavas, 
Mas fui bem mais do que tu merecias.

(E. Rofatto)

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E. Rofatto

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Comentários

  • Parabéns, Edvaldo!

    Soneto não é fácil, não.

    Às vezes me arrisco, mas... Uf kkkk

    Estava louca para ver um soneto seu.

    Muito bom.

    Destaque merecido.

    Beijão.

    • Grato, Sandrinha! Essa sua sinceridade na mensagem é a maior prova do quanto devo prezar a sua amizade. Você é uma pessoa cada vez mais querida e uma artista cada vez mais admirada - li seu soneto também e lhe deixei meu recado e minha gratidão pela beleza dele! Um beijo, minha amiga!

    • Boa semana!

      Beijos poéticos para você também.

  • É muito bom saber que muitos ainda batalham pela poesia.

    • Sam, há muito penso que é o sentido da poesia que faz maior o sentido da vida mesma! Você também um batalhador, como os amigos aqui da Casa!! 

  • 3645229?profile=original

    • Grato, Safira! A decoração da casa expõe-lhe a alma, a sua decoração dos textos revelam-lhe outros ângulos de sensibilidade. Sempre grato!

  • This reply was deleted.
    • Grato, cara Iraci! Ter sua visita e a generosidade do seu comentário é motivo para os meus aplausos à sua gentileza também! Um beijo! 

  • Magnífico soneto Edvaldo! Aplaudido de pé! Bj

    • Grato, Marso! (Vou chamá-la como vi em algumas postagens, posso?) Ter sua aprovação é muito gratificante: você produz belezas poéticas!

This reply was deleted.
CPP