ÉTER

 

ÉTER

 

Não quero ser dono do mundo,

Minhas mãos não alcançam tal sonho.

Tenho meus versos, nada mais preciso,

Além de um amor verdadeiro.

Estou com a sorte ao meu lado

Por ter vivido pouco até então,

Meu coração irá mais longe

Do que as palavras que eu possa criar.

Aonde estarei, não importa,

Nenhuma distância é longe o bastante

Para a desistência da grande esperança.

Quero caminhar lentamente

E nesses caminhos observar

A flor que brota silenciosamente

Mas deixa um aroma de paz no ar.

Não sei o quanto é belo tudo o que verei,

Mas sei que entre o feio e o belo

Estão os olhos para crer

Que em cada ser dessa natureza

Algo de bom há de existir.

Não pereço sob a sombra de uma árvore frondosa,

Apenas vejo o vento soprar pétalas vermelhas

Mesclando à verde liberdade desse chão.

O que se sabe, é que pouco se sabe,

E a dúvida ainda está no meio,

O seio da vida alimenta o sonho da eternidade.

 

Mário Sérgio de Souza Andrade – 21/06/2017

 

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