Eu e o mar
O’ inconfundível beleza que me extasia!
Quisera compor a canção mais terna e pura
Para cantá-la ao por do sol, hora da Ave Maria
Para aquietar meu coração que a saudade perfura
Como lança, reativando sentimentos em letargia...
O’ doce mar, cuja transparência das águas me incita
A um mergulho profundo para enterrar minha dor
E emergir das suas profundezas livre e esquecida
Para, em liberdade, voar bem alto como o condor
E retornar incólume para dizer presente à vida...
Eu e o mar temos histórias, vivemos tormentas
Numa cadeia de mistérios tão bem escondidos
Na exuberância das ondas ora calmas, ora violentas
Vividas na mesma proporção dos nossos gemidos
Gerados pela omissão das mentes nevoentas...
Eu me assemelho às variações por que passa o mar
Sou onda desmanchando na areia; sou espuma fugaz
Mas sou o rugido da marola; sou gigante a gritar
A depender do estado de espírito sereno ou tenaz.
Mena Azevedo
Comentários
Obrigada, poeta José Carlos! Bjs.
Ondas que se acionam com os ventos, marés que se sublinham me levadas a uma direção onde os passos da saudade as marcas ficaram, onde os sussurros das águas se amam.
Teus poema são de uma beleza única, lindo
Muito obrigada, Cristina! bjs.
Obrigada Marso! Linda formatação que valoriza o poema.
bom dia, amiga e tenha uma ótima semana. Bjs.
Márcia, obrigada, querida! Bom dia. Bjs.
É sempre um delírio ler seus versos, aplausos querida Mena, beijinho.
Simplesmente deslumbrante! Encantou-me, Mena! Bjs