Embrulhados num cobertor de retalhos
a pele sua como carne num fumeiro...
fermentações dos nossos próprios coalhos
explodem, partindo os nossos corpos ao meio.
....
São partículas das nossas coalhadas...
que se dividem durante a terna noite quente
no desespero de se tornarem açucaradas
beijamos todo o fermento envolvente.
....
Cresceu, cresceu, sem parar...
a levedura que envolvia os nossos corpos
esquecendo que o tempo estava a esfriar...
deixando os nossos bacilos quase mortos.
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Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
20/07/2016
Comentários
Muito lindo! Concordo com Edith! Muito engenho e
beleza nos seus versos! Bjs.
Você é uma exímia poeta, Cristina, parabéns pela engenhosidade da composição. Aplausos.
Oh amiga Edith!! obrigada...ainda bem que gostou! beijos.
Grata Angélica!!! beijinho.
Grata amigo Rui! abraços.