Apaziguo toda a minha dor,
neste azul que me envolve,
por fora me sinto incolor,
por dentro toda a cor me cobre.
São punhais cravados nas costas,
dores oriundas, não sei do quê,
como se fossem fracturas expostas,
que só eu e o meu corpo vê.
Sem remédio, nem solução,
que anestesie e deixe dormente,
o mal está no coração,
que se alastra para dentro da mente.
A incompreensão do próximo sobressai,
sem aptidão para ajudar,
já não suporta ouvir um ai,
quando o remédio seria amar.
Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
Comentários
Cristina,aprendemos tanto a conviver com a dor que a mesma torna-se poesia...mas dói!
Nunca observei nada análogo até o momento em nosso mundo virtual. Parabéns!
Grata Sam , bjo
Parabéns minha amiga Cristina, amar é o melhor remédio para a vida florescer! Lindíssimo! Abraços
grata Hilton, bjo
Fibromialgia é uma doença psicossomática de difícil diagnóstico que não tem cura, só paliativo. Teu poema a descreve muito bem, Cristina. Parabéns! Bjs
Grata Marso, bjos