Fim de tarde
Final do dia exposto à minha frente,
o campo, os morros a perder de vista,
o sol que já se esconde e cobre a pista
de sombra e tom vermelho, transparente.
Olhando da varanda, atentamente,
a perfeição dos traços do alquimista,
cravados neta tela realista,
suave, sinto as marcas do presente.
as reses no curral mugindo ao longe
o som dolente da velha porteira
rangendo sobre o vento desta tarde
meu ser, emocionado, não esconde
recordações da minha vida inteira
e deste amor que, ainda traz, saudade.
Edith Lobato - 12/09/16
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Comentários
Obrigada Geraldo pela leitura.
Obrigada, Meire.
Edith, maravilhada com o teu soneto!
Fez-me lembrar da infância nesses fins
de tardes! Dolente, manso, suave! bjs.
Que bom que te trouxe boas recordações. Obrigada pela leitura.
Parabéns amada!
Elaíne, grata pela leitura e que bom que gostaste.
Obrigada, Angélica pela tua doce presença e leitura.
Que belo poema! Como o dia passa e chega a tarde com novas imagens, os dias vão passando em nossa vida e marcando nossa alma com desenhos alegres e tristes e a saudade se faz presente trazendo pessoas de longe.