Fogo ardente

Fogo Ardente

Pensando estar num inferno
a labareda queimava mas, não ardia
era o teu corpo encostado ao meu
era o cheiro da tua ousadia.
Consumia-me lentamente
até entrar em devaneio
eram pingos de suor quente
provocado pelos teus seios.
Já meio cego pelo fumo
molhei os meus olhos na tua boca
contorcido serrei o punho
despi toda a tua roupa.
Embora parecendo extinto
ainda pairavam cinzas escaldantes
que devorei como um faminto
as tuas ancas estonteantes.
Vorazmente te possuí
deixando o incêndio apagado
só mais tarde é que me apercebi
a tua pele com um aspecto empolado.
Queimei-te com o meu amor
fiquei cego de desejo
não dei conta do calor
que pode provocar um beijo.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte

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Cristina Ivens Duarte

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