Lápis sem ponta
Um lápis sem ponta meu verso chuleia,
rascunha o rei sol falseando sonata,
surgindo no céu entre a copa da mata,
o lápis sem ponta a visão delineia.
Desenha a emoção que minha alma permeia;
se entrega ao sentir, majestoso, e retrata,
o canto do amor que meu ser arrebata;
no pranto das águas lambendo a areia.
E borda meu verso sem tinta e sem ponta
olhando o carbono escondido na haste
assim, feito o amor dentro em meu coração.
E tudo o que sinto rascunha e dar conta,
a dor e a saudade retrata em contraste,
nos fios das cascatas da minha emoção.
Edith Lobato - 03/12/15
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Comentários
Lindo... lindo... lindo...
Emoção à flor da pele!
Tiro meu chapéu mil vezes para você!
Abraços carinhosos.
Obrigada querida Meire, pela leitura.
Estimada poetisa estarei voltando muitas outras vezes para dar continuidade aos seus belos textos.
Obrigada Sam Moreno pela leitura e comentário.
Maria Helena, muito grata pela deferência ao meu poema. Obrigada.
Sem palavras... Magistral e emocionante, minha amada meiga.
Obrigada pelo grande presente.
Te amo demais.
Beijos
-
Obrigada Nieves por tua leitura. Também eu te amo demais.
Belíssimo e inspirados versos
compõem esse soneto gracioso!
Amei a cadência e o ritmo de
cada estrofe! Bjs.
Obrigada Mena pela leitura. Honrada com tua apreciação.