criança pequena
ia brincar onde
jorrava água pura
vinda da serra, cristalina
cresci enquanto
os adultos
faziam eventos
invadiam a natureza
e a despiam dos verdes
expondo-a ao sol
a cidade se apossou
da serra
desabrigou a mata
a fonte se perdeu
sem árvores
definhou, secou
agora não mais
as aves se alegram
a borboleta se foi
de fato encontrei
umas branquinhas,
perderam as cores
penso que o sol
as despintou
jazem agora sem abrigo
e, foram embora
as canções da natureza,
as buzinas martirizam
os ouvidos surdos
das árvores, às margens
do asfalto quente.
a água antes
pura e cristalina
descem tingidas,
da evolução humana,
são fétidas e tristes
aprendi pular poças
não há lua
se narcisando
na lama
e, sinto um aperto
e bastante lembro
da fonte...
Jennifer Melânia
Comentários
Obrigada amigo e amigas, vocês são encantadores! Bjs
Saudades também de minha infância onde tudo era mais colorido... mais puro... hoje é tudo cinza, sem cor, sem calor humano...que bom que temos as lembranças... boas lembranças... Parabens Jennifer...
Bons tempos os de criança em que tudo era uma brincadeira, tudo era alegria tempo que não volta mais! Poetisa Jennifer saudade que vem e que vai como as ondas do mar, lembrança é uma forma de adestrar a reflexão para por em realces coisas boas que nos fazem ser feliz e apagar o mal que nos desgasta.
Dizem, Jennifer, que esse é o preço que pagamos pela evolução. Magnífico poema! Bjs