Seu corpo liquefeito no mar de minhas imagens
escorria entre meus dedos ávidos por solidez.
Seu sorriso-deboche zombava de meus desejos
azulados pelas corredeiras quentes e luxuriantes,
como ternuras oferecidas pelo inusitado estado.
Bom sentir-me inundado por sua substância.
Tentei beija-la e quase me afoguei.
Bebi seus lábios e parte de sua língua.
Descendo a medula o friozinho do prazer
fervia o tesão nas ondulações das nádegas,
enrijecendo o pênis que buscava ávido a penetração
profunda e liquidada.
Mesmo submersos, meus pelos eriçavam,
endureciam e, rígidos, resistiam as torrentes...
Seus olhos azuis - redemoinhos profundos -
brilhavam um esplendor de corais magníficos.
Calafrios marejavam minhas pernas
boiando no vazio pleno.
Envolto em suor acordei em terra firme.
Paolo Lim
Comentários
Nieves Merino Guerra : Mais uma vez agradeço seu incentivo. Bjs do Paolo.
Parabéns, poeta, poema muito bem construído, com sutil erotismo nas entrelinhas, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Ilario Moreira : Um grande abraço agradecido do amigo Paolo.