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Amores Averso.
Flores que ferem protetoras atentas,
No enlaço um carinho assíduo,
Somos lugares, no céu fulgurante.
Entre as coxas abertas de prazeres.
Em teus braços fico enamorado,
Abraçados num terçar da aurora,
Sobre algumas manhãs de adeus.
Nas voltas
Fui no tempo pintando
teus relevos no vento
Escrutinei os céus
em busca dos beijos
filtrados pelas nuvens
onde sequencialmente
nos albergamos satisfeitos
- Fui no tempo
nutrir-me de vida
protagonizar outros
segredos deixados
amarrotados em lençó
Descortina-me o corpo
Tire o véu do meu prazer
Abale minhas estruturas
E faz eu querer mais você
Tire a trava do meu freio
Faz-me correr para você
Agora todos os meus fluídos
Já inundam o seu ser
Já não existem mais reservas
Quando em seu recanto est
Cálido Asilo
Nas longarinas da ponte velha
Ribombam ondas encrespadas
Tudo parece que se assemelha
Borrascas decerto remanejadas
Um risco no céu aponta luminoso
A queda de uma estrela cadente
Esvaindo num solo deveras rugoso
Espiada por uma lua incandescent
Sigo o latido dos
silêncios que correm
em debandada
Desperto no dia
insurgindo-me no valsar
de tantas gargalhadas que
teu sol irradia
Renova-se cada milagre
saltitando em sinfonias
doidas
sem rédias
silenciosamente selvagens
deambulando neste poe
No elenco do tempo
saudamos cada recital de palavras
eloquentes
Decifrámos os ritos
de todas as paixões impetuosas
e convergentes
Recompensámos cada cena
neste palco sem artifícios
onde criamos vida
alegrando a plateia
com teus olhares complacentes
Visitaste-me as partituras
do silêncio
Pernoitaste na clave
da minha harmonia
num breve sustenido
onde ciframos melodias
vagando no tempo irreverente
numa rapsódia de cânticos
fraternos e tão confidentes
- Pulámos de alegria
em cada in
Algumas palavras
sei-as de cor
outras vislumbro-as
no guião deste verso
enssopado no licor
dos teus beijos
- Em palavras escorregadias
quebras meus silêncios
espelhados em cada lampejo
de amor
onde albergamos gestos
enfunados de paixão
guardados n
Quando o zoom dos meus olhos descortinou
Os afogueados recônditos das suas fantasias
Surgiu em mim um insano anseio de possuí-la
Não pensei que pudesse ser tão estonteante.
Como um pássaro nutrindo do fluxo da seiva
Acomodei meus lábios nos seus fa
Prisioneiro dos Desejos
A areia ondula ante o reflexo do sol
Andejam nuvens no cortejo celestial
Ondas arrebentam no cais pedestal
Aproxima-se a hora álgida do arrebol
O negrume da noite faz-se espairecer
Sazonam os brotos de silvestres flores
Assobia bris
Voltarei a ver
as cores deste Outono
desenhando a beleza
que se despe perscrutando
em uníssono
nossas lágrimas se explicitando
- Voltarei a perfumar
as sombras
empoleiradas
em simultâneas gargalhadas
de agitação
calafetando o tempo
onde coabitamos
Medra o rumor das águas
enquanto por ti caminho
vespertino
diluindo as escuridões do mundo
rompendo pela alva
tão copiosamente
revelando-te os segredos
num punhado de versos inacabados
- Conciliei minhas orações
repetindo-te a existência inédita
dos