LUAR

Meu íntimo e brilhante luar,

Que tua claridade sublime venha enfeitiçar,

Insinue esta moça de Vênus a balançar,

Em contornos suaves que o próprio corpo,

Seja sua infinita dança sensual a relaxar.

 

Ao som incrédulo desse afoito violino,

Transformando esta noite em magia,

Teu corpo meigo, em delírio desliza ao luar,

Em movimentos sutis que na penumbra,

Vejo-te deusa, deusa do meu luar.

 

Teu algoz perfume irradia pura alegria,

Embriagando de euforia meu corpo carente,

Meus loucos desejos afloram,

São pecaminosos gostosos venenos,

Que em gotas do teu amor, envenenam-me.

 

Ante tua visão angelical,

Não me conformo só em vê-la dançar,

Quero em teus braços me aninhar,

Sentir teu corpo suado, ardente a me acariciar,

Neste encantado e mágico luar.

 

Ricardo Sales

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