Metáforas III - "O vírus"

A gripe matou muita gente no início do século XX... Assim como várias outras doenças virais.
Nosso organismo vai criando imunidade ao vírus e fortalecendo nossas defesas.
Parece doidera minha, mas, como não sou mesmo "normal", me peguei comparando você com um vírus.

 

: |

 

Não! Por favor, não se ofenda!
Não foi algo planejado, foi talvez um devaneio do meu sofrido coração...

Um coração adoecido, em processo de recuperação.

Dizem que quando o ser doente se "entrega", torna mais difícil a recuperação...
Acho que é verdade...

 

              O vírus faz mal. 
              Você me fez bem.

 

O vírus causa delírios.
Você também... Deixa-me “em delírios”.

 

Mesmo quando a gente melhora depois de um ataque viral,

De tempos em tempos, quando a imunidade baixa,

O vírus ganha força e o corpo precisa acionar suas defesas para combatê-lo  de novo...


No que tange a você, minha imunidade baixou.


                   Minha defesa interna está enfraquecida... 
                   Estou doente de novo.


                                                  ; (     Doente de amor...


Um amor não correspondido... Ou talvez - quem sabe,

Correspondido, porém, impossível... Quem sabe?


O vírus se alimenta das fraquezas do corpo.
Você, que se instalou em minha mente e em meu coração,

Alimenta-se de minhas lembranças boas...


Para combater o vírus, os cientistas procuram encontrar suas fraquezas. 
Preciso então, ser cientista de mim mesma e encontrar "novas lembranças"...

 

Ou construir outras - vivendo...


                          Vivendo algo novo.
                          É isso!
                          Eis enfim a cura!
                          Viver algo novo! Construir assim, novas lembranças! Novas e melhores lembranças...
                          Só assim minha imunidade será fortalecida e o vírus ficará ali... Adormecido...

 

Talvez para sempre...

 

                           Ou até que o "vírus" vença e se torne mais do que parte de mim...

                            Possuindo-me,

                                                          Sem,

                                                                        Contudo,

                                                                                             Consumir-me.

 

 

Elaine Márcia, Porto Velho, 04/11/2016.

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Elaíne Marcia

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Comentários

  • Espetacular sensacional aplauso
  • Muito bom! Parabéns, amiga!

    • Obrigada Virgolino!
      Vou ja te visitar!
      : )
  • Elaine, esta tua produção literária, ficou um espetáculo.

    Eu amei, te ler.

    Parabéns!

    Destacada!

    • Êêêê!!!!
      Obrigada flor!
      Muito feliz por vc ter gostado!
      Bjim doce no coração!
      : )
  • Se o amor fosse um vírus, não haveria vacina capaz de combatê-lo. Belíssimas metáforas, Elaine!

    • Verdade... ja imaginou uma epidemia... ou uma pandemia de amor?
      Ual! Seria uma doidera Boa dimais, sô!
      :)
  • Nossa Elaine Márcia, você fez um Documentário do poema de nosso amigo?

    Fiz errado, li primeiro o Documentário, vou agora ler o poema....rsrsrs....sou doidinha como você...rs

    Depois volto  aqui....

    Mas acho que não deve deixar o vírus da doença voltar, sempre vem mais poderoso e sim o vírus do amor, esse sim poderá voltar poderoso, trazendo coisas boas, coisas novas, pois as mudanças nesse caso são sempre melhores do que outras coisas. Deixe-se consumir pelo amor, sim....

    Beijos poéticos de Veraiz Souza

    • Doidera com doidera.... kkkk tudo certo, Veraiz!
      Obrigada pela visita e pelo carinho!
      Bjim!
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