Não há rumores de que falta
Alguma flor no jardim...
Busco e rebusco dentro de mim
Há notas soltas de som de flauta
Oferendas ao mar as faço todo dia
Parece excluída uma estrela no infinito
Percebo isto quando solto o meu grito
Redescubro quando solto reis na folia
Meu olho solar vê no deserto uma miragem
Olho em volta e não descubro um oásis sequer
Há folhas soltas mal me quer - bem me quer
Refrigera minha face uma nova e oculta aragem
Germina em minha alma um girassol desengonçado
Cata a luz da lua e coa numa peneira de arame
Sem que para isto meu pranto derrame
Ou meu coração se encontre enlaçado
Rui Paiva
Comentários
Eu nem sei que diga, porque eu fiquei emocionada diante de de teu poema, é pura poesia.
Parabéns, poeta, lindo poema, faça sempre as oferendas a "Iemanjá", faça ao mar... Abraços, paz e Luz!!!