Quando negamos um prazer
Aos poucos deixamos de viver
O que estamos fazendo é armazenar
Um sonho um desejo a se realizar.
Nosso corpo conhece as necessidades reais
Buscando nos recessos de si mesmo o que satisfaz
Jamais um sentimento pode ser enganado
Ou correr para o futuro esquecendo o passado.
Tente negar os anseios do corpo que clama
Pelos desejos explodindo em chama
Evidentemente envelhecerá arrependida e gritará
Reprimir meus desejos agora só me resta sonhar...
Comentários
Olá poetisa Iraci. Gostei destes teus versos que nos induzem a refletir sobre as nossas escolhas.
Acho que sob certos aspectos vivemos em uma sociedade opressora. Sempre tem alguém dizendo o que pode e o que não se pode fazer, ou dizer ou... sentir! Sempre foi assim, desde os tempos de nossa infância e adolescência e assim este comportamento ficou gravado em nossa matriz psicológica. É claro que estas obstruções tem um forte cunho regulatório, dentro da sociedade afinal, os limites são ferramentas poderosas contra o caos. Mas, acabamos por nos reprimir tanto que não percebemos que o tempo passa e que fomos guiados como gados ("vida de gado, povo marcado, povo infeliz...") as oportunidades vão passando e as nossas escolhas, tolhidas por estes limites sociais, acabam impedindo o nosso Ser de viver a vida em toda a sua intensidade. É preciso muita coragem para quebrar este mecanismo regulatório e manter-se fiel às escolhas que vão nos abrir os horizontes...
Nesta vida, só me arrependo,
Da briga que não briguei,
Do beijo que eu não roubei,
Da valsa que eu não dancei,
E do amor... que eu não amei.
Beijos, Marcos.
Muito bem posto, Marcos. Concordo contigo.
A vida é curta demais para se deixar passar chances, porém, nem sempre conseguimos fazer tudo o que queremos devido às prisões sociais. Parabéns!
Cara Iraci... realmente é melhor arrepender pelo que se viveu ou fez do que passar a vida em branco, imaginando o que poderia ser!! Parabéns!!!
Pois é nobre poetisa IRAC o nosso metabolismo precisa muito mais do que arroz e feijão, não tem como driblar o desejo.