Sigo hoje o caminho,
Que leva ao calvário,
E bebo do vinho,
Que Satã produz.
E não desanimo,
Na busca da paz
Divina, que eu primo.
Cauteloso eu limo.
A pedra da vida,
E venço a batalha,
Já quase perdida.
No peito a ferida,
Em sangue pisando,
É carro sem frio
E desgovernado.
Recordo o passado,
E o vejo presente,
Mas tudo mudou:
Está diferente!
Amei tanta gente,
Porém, só me lembro,
Daquela que amei,
De julho a setembro.
Sonhava ser membro,
De sua família,
Comprei uma casa,
E toda a mobília.
Fiquei em vigília,
E fiz oração,
Ofertei-lhe todo,
O meu coração.
Pedi sua mão,
Com muita ternura,
Mas ela me disse,
Ser isso loucura.
Nessa noite escura,
Sigo à estrada a pé,
Pisando os espinhos,
Sem perder a fé
Sua ausência me é,
Uma kriptonita:
Ela me faz fraco,
E a dor infinita.
Minha alma grita,
Um grito agressivo,
E nós não sabemos,
Se ainda estou vivo!
Comentários
Bela Redondilha caro poeta Ronnaldo. Achei um pouco triste, mas está gostoso de ler. Parabéns
Abraços poéticos de Veraiz, poetisa feliz
Que não haja mais gritos agressivos em sua alma poeta, e que a paz seja encontrada...Parabéns
Ronnaldo, versos densos, profundos,
permeados de grande tristeza! São
Quadras muito bem estruturadas, com
cadência e ritmo,em Redondilha Menor.
Lindo! Bjs.