Hoje eu resolvi sair de casa
E bater perna por ai
Um tolo pisando em poças d’água
Rindo pro o sol rindo de mim
Gosto de caminhar contanto os passos
Que é um jeito de me distrair
Nem mesmo um tropeção causa embaraço
Não me importo se alguém sorri
Como eu, pessoas caminhando à toa
Sonham com um novo porvir
Alguns vivem hoje a beira do acaso
Outros se apegam a existir
Mas, ver o riso largo das pessoas
É tudo o que me faz feliz
Parecem todos estarem numa boa
Ola! Tudo bem, e ai!
Não há espaço pra desculpas
Vá à praça e de milho aos pombos
De ouvidos aos pingos da chuva
Depois, quem vive entre escombros
Só vai saber da morte e seus buracos
Sabendo que a vida passa
Então, por que fazer dela um obstáculo
Se podemos ofertá-la na praça
Alimentando vidas
Que nos alimentarão... De graça!
(Petronio)
Comentários
Petrônio, gostei muito do teu poema. Parabéns!
Ah! Estar numa Praça e usufruir dela agradáveis momentos;
interagir com as pessoas; sentir a vida como se apresenta;
buscar um recanto para estar, ora com todos, ora a sós... já não parece tão fácil!
A maldade humana campeia e obriga-nos à reclusão, mas por certo que isto, como tudo
na vida, passará!
Belíssima inspiração poética
adorei abraço...
Parabéns, poeta, poema reflexivo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!