NAS ASAS DA QUIMERA

Desperta, levanta, abre as janelas
E lá fora a vida vem a lhe sorrir
Agradece ao céu e as coisas da terra
E se curva a Deus e diz que é feliz

Acerta o relógio e faz o seu momento
Viver é um passatempo na dança das horas
Quando ignora a mim e aos meus sentimentos
Que se não te distrai por certo te consola

Ah! Quero crer que às vezes eu até te alegro
Lamento se não sei fazer outra canção
Mas é só ela que trago cá dentro do peito
Na voz que agora ecoa em meu coração

Que vive da canção e dela se alimenta
Bem mais que as migalhas vindas do teu pão
E aquece minha alma e ela se contenta
De tudo que a mim foi ofertado... Então!

Se quis a sorte, ou não, assim eu ter nascido
E como merecido ter-me em argolas
Ao me fazer brinquedo do teu egoísmo
Talvez porque o mundo não me quis lá fora

La fora, sonhos, ora, simplesmente asas
Oh, nas asas da quimera eu posso voar
Por mares e montanhas e por cima das casas
Sem nunca ter visto a vida, por mim sequer passar

Ah! Deus, abra minhas asas e deixe-me voar
Para que no teu céu eu possa enfim cantar
CANTAR! CANTAR! CANTAR!

(Petronio)

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