Natal da minha infância
O Natal se repete a cada ano
Na vida da gente
Natal de criança, Natal de adulto
Que vem de repente ressuscitar a infância
E trazer à lembrança
Os natais que aconteciam
Na simplicidade e na alegria
Envoltos na fé e na esperança.
Não havia presentes caros
Às vezes nem presentes
Porque o presente maior
Era a alegria de vestir vestido novo
De ajudar a armar o presépio
Depois sair para visitar
O Menino Jesus
Que nascera há muito tempo
Na cidade de Belém e nascia todo ano
Na casa das tias e dos vizinhos
Das amigas da mãe, já nem me lembro...
As visitas eram alegres e divertidas
Porque a infância daquele tempo
Alegrava-se com a simplicidade da vida
A televisão não era ainda
Esse aparelho de vinte e quatro horas
Com mensagens apelativas, cenas de violência...
Não havia a Internet que trouxe as Redes Sociais
Absorvendo o tempo de adultos, adolescentes e crianças
Sem nenhum controle dos pais, que não orientam seus filhos
Sobre o que é útil e sobre o que corrompe as mentes em formação...
Celular não existia!
Chegou para facilitar a comunicação entre as pessoas
E tornou-se uma companhia inseparável!
I Phone, Smartphone trouxeram o WhatsApp que não dá trégua...
Grupos surgem todos os dias e ninguém dá conta
De ler tantas mensagens e mandar outras...
E as crianças de hoje estão bem ligadas em tudo isso!
O verdadeiro sentido de Natal não tem mais o brilho de antes
O comércio, mais simples, não trazia
Essa parafernália de brinquedos eletrônicos
Que deixam as crianças com a mente preguiçosa...
Elas não sentem mais o encantamento
Da noite de Natal, do Presépio armado na sala.
Tudo era modesto, mas tão verdadeiro!
Até o amor dos pais que não se externava
Através de brinquedos caros e exóticos
O Natal de hoje tomou a rota do consumismo
Que contagia adultos e crianças.
É do Natal dos presépios que tenho saudade
Porque o Deus Menino é o Deus
Que me acolhe e que invade...
É o Deus que está presente
Em todos os lares, ricos e pobres
Desde que você o deixe entrar...
Mena Azevedo
Comentários
Obrigada, Meire! Bjs.
Fenomenal Fantástico aplausos abraços
Edith, querida amiga, que belo comentário! Amei ler!
Esse Natal de que falo, acontecia mesmo na minha
infância! Tenho tantas saudades! Um grande abraço
e muito obrigada!
Querida Laís, muito obrigada pela visita e comentário!
Amo quando você vem ao meu Blog! Bjs.
Querida Nieves, muito obrigada! lindas imagens! Bjs.
amiga adria, minha irmã mais velha armava um
Presépio com minha mãe. Nós ficávamos encantados!
Na casa da minha avó, da madrinha, das tias, cada um
mais lindo que o outro! Era assim mesmo o meu Natal!
Muito obrigada, querida! Ah! O da minha casa, além de ter os
bichinhos descendo o morro para visitar o Menino Jesus, tinha uma água
que corria pela gruta, era enfeitado com abacaxi também que exalava
um cheiro tão bom! Cheiro de Natal! Obrigada, querida! Bjs.
sim, Maria Helena! Revivemos assim... Porque hoje
as crianças só entendem o Natal dos presentes..
muito obrigada pela leitura e comentário, querida! Bjs.
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Olá Mena, Mensagem reflexiva e bastante propícia ao momento. A simplicidade com que as comemorações eram feitas no passado, realmente nos traz saudade porque havia conteúdo e essência naquela maneira de festejar, hoje o Natal virou comércio e as famílias aderiram à questão da necessidade de presentear todos os membros da família, de modo que a data passa o saldo da maioria das pessoas é negativo. Quanto a comunicação e todos estas ferramentas que chegaram para facilitar a vida, também trouxeram suas desvantagens como bem o dissestes, depende de como nós aderimos e utilizamos e para o que utilizamos. Perfeito teu texto. Bjs