Este vulto que me assombra e fecha os olhos
faz-me abraçar-te e cair em desejos
docemente encosto o meu peito contra o teu
é o meu espírito a cobrir-te de beijos.
És a ninfa, o nenúfar, o meu cúpido
que aqueces e aceleras o meu desejo
só tenho em mim a vontade de estar despido
com saudade em meu corpo, o teu revejo.
Pairam no ar duas almas seminuas
consumidas pelas chamas do prazer
labaredas e vultos de carnes cruas
neste fogo nenhum de nós há-de morrer.
Prometo que te sigo para sempre
e guardarei o nosso amor no coração
perdoa-me por eu ter morrido de repente
sem me despedir , nem sequer te ter dado a mão.
Cristina Ivens Duarte
Comentários
Muito linda tua inspiração! Aplaudo-te!
boa tarde, poetisa Cristina! Beijos!
Ainss, minha Cristina, quanto doi isso, amada.
E quantas vezes me recrimino por todo o que não fiz a tempo...
Um mais que belo e bom poema de amor, que nos ajuda a refletir muitas coisas.
Parabéns e beijos, linda, grande poeta.
Bem hajas.
Boa noite!