O gondoleiro

O gondoleiro  de fraque e cartola se protege  com um guarda chuva,enquanto a lua imensa anula o clarão do farol, o mar entre agitado e calmo forma ondas por todo o oceano, parece que a maré está subindo. A lua se desfaz em milhões de estrelinhas por todo o azul do céu, me pergunto para que a lanterna  acesa na gôndola , há mais alguém ali, quem será : o amor do gondoleiro? Uma cliente misteriosa? Um cão de estimação? Um idoso acamado? Uma sereia?Uma princesa?Ele está de luvas, não é um gondoleiro qualquer, será um mágico que vai desaparecer com a lua, mas quem irá ver, sem público?

Essa gôndola tem a forma de lua nova,incrustada de estrelas, está misteriosa essa situação, não há remos, nem proa, nem ancora, nem nada, tenho medo, medo dos meus medos, curiosa e temerosa, me ponho a vagar nessa cena instigante.

O mágico quer desaparecer: a lua? O farol? O mar?o guarda chuva? Acho que é a lanterna, pois não necessita dela, já o guarda chuva é essencial no caso de uma chuva de estrelas...

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Comentários

  • Parabéns, poetisa, o universo do poeta sempre é imenso... Abraços, paz e Luz!!!

  • Uma descrição poética perfeita de uma simples imagem. Maravilhosoooooooo! bjs

  • Semplesmente uma belo poema

  •  Pois amiga Helena, a imagem pode nos dizer muitas coisas maravilhosas, e você questionou muito bem, belo trabalho querida, parabéns, beijinho.

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