O que resta de mim!!!

O que resta de mim!!!!

Permaneceu o meu sonho inquieto,

com a chegada do Outono,

os frutos foram o meu tecto,

esses!! eu nunca abandono.

O que resta de mim é pouco,

sorveram toda a minha polpa,

sou um pau seco e oco,

secou toda a minha boca..

O que me cobre é pesadelo,

olhares delinquentes,

passou por mim um flagelo,

nua, exposta aos ventos.

Tento cobrir os meus seios,

que mirram com a friagem,

soluciono com escassos meios,

escondendo-me da paisagem.

Um pássaro tentou poisar,

em meu ombro descarnado,

ouviu o meu gritar,

com o peso do coitado.

Nem uma sombra provoco,

com o meu triste esqueleto,

nem em mim, eu própria toco,

com a tristeza que meto.
¨¨¨¨¨¨

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Cristina Ivens Duarte

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP