O que vale a pena

O que vale pena meu amor, é o cheiro a capim,

o odor do campo, as flores

com o seu aroma a jasmim e elas

a olharem para a nossa cumplicidade.

Aqui apaixonei-me facilmente por ti, o ar contagiou-me,

os sentidos exaltaram-se, a natureza murmurou-me,

"ele vai ser teu.."

A cor não desvanece, a monotonia é oculta,

o amarelo aquece, o vermelho encandeia,

não há sentimento de culpa, o azul é lua cheia.

O verde constante lima as arestas de qualquer 

limalha que possa haver nos nossos sonhos.

Foi o ar do campo que nos uniu, 

duas mãos dadas de forte aperto, que até hoje

as árvores baloiçam  com o nosso passear.

Não se instala o cansaço do nosso apego,

é esta a nossa forma de amar,

cultivando a natureza, abrindo rego a rego,

nunca sentimos a necessidade de gritar.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte

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Cristina Ivens Duarte

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