Oração ao pão do espírito

Divina luz que me inspira

Faça de mim um espectador

Sequioso pelo som da sua lira

E dos arpejos de um anjo tocador

As fímbrias de túnicas angelicais

Umedeçam lágrima e suor que escorrem

Na minha fronte e no cenho vesperais

Hora que certamente decorrem

Entre meus versos os esponsais

Acate o meu fervoroso desejo

De tecer meus ímpetos calorosos

Na hora em que o ocaso revejo

E os pássaros debandam rumorosos

A página celeste de matizes pungentes

E não sem remorso que sejam deveras

Os corações enternecidos e dolentes

O recanto das fervorosas quimeras

Abençoe   o meu pão espiritual, Ó Luz!

E refestele meu peito insubordinado

Não feneça sobreposto á  trave da cruz

Igual ao meu Jesus Cristinho crucificado!

Rui Paiva

 

 

                

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Amém!  Que lindo.

  • Que lindo! De uma ternura emocionante.

    3626145?profile=original

  • Teu poema é como uma página celeste. Maravilhoso! Bjs

  • 3626000?profile=original

This reply was deleted.
CPP