Pai
E de repente
Um vazio
Momento de dor
Parece que nada fará parar
A não ser o tempo
E a hora quando chegar
A saudade é para sempre
Lembrarei de você eternamente
Mas o que dizer
Neste momento de dor
Se tudo me lembra você
Seu cheiro ainda está por aqui
Às vezes me esqueço
E imagino ver você ali
Ali, sentado no banquinho
Ou à mesa para nossa surpresa
No quarto e em cada canto
Recordação, emoção, admiração
Admiração pela luta que travou
Meu pai guerreiro, guerreiro teimoso
Mas guerreiro lutador
Com um sorriso de uma criança
Fica assim, esta doce lembrança
Os olhos azuis como a cor do céu
Era de tirar o chapéu
Quanto às certezas
A certeza é que está bem
Em meu coração, vivo permanecerá
Minha eterna saudade
Meu eterno amor
Mesmo em meio a fragilidade
Para sempre, minha eterna felicidade
Para sempre, Pai!
Luciana Mara Drumond
Comentários
Seu reconhecimento nos faz vê a importância no papel do pai em nossas vidas. Desde o útero, da nossa mãe já escutamos e discriminamos a voz dos nossos geradores. Assim sendo, a nossa conexão com a figura paterna se inicia ainda no útero. Cumprimentos!
Obrigada Poeta!
Gostei muito da maneira e da visão poética que existe em você!
É assim mesmo quando a voz dele se cala ao nosso redor, mas não dentro de nós. Precisamos aceitar o tempo desta passagem.