Na sala de estar o silêncio exulta,
E insulta meus neurônios, extenuados de saudade.
O cinzeiro e a caneca de chá sobre a mesa,
Contracenam com, toda, minha amargura.
O paladar vai degustando o sal da lágrima
Que vaza das entranhas e vai repousar nos lábios.
Na face deste abismo aonde me encontro,
Deixo-me ficar e, ser, ser errante, a procurar-te.
Nesta cadeira de balanço, sem sonhos,
Sobre os escombros do meu amor,
Entrego-me à solidão postulante, do momento
A me tocar em mórbida carícia.
Todos os sons sincronizados ecoam teu nome.
Os sonhos se perderam no teu suposto amor.
Mas, teu vulto é, minha, constante, companhia,
No inverno das minhas memórias, és meu amor.
Edith Lobato – 21/10/15
Comentários
Obrigada pelo destaque Nieves.
Excepcional sem palavras amei
Obrigada!
Obrigada Meire.
É um espectáculo de poema, amada.
Muitissimo bom.
Mas é muito triste.
Doi até o pranto lir isso e sentir-lo...
Te amo demais, meiga.
A seus pés, deusa.
Beijos
Obrigada Nieves.
Obrigada de novo Nieves.