Parabéns!!!

Parabéns!! . À você mulher, que assim como eu foi educada para ser mãe, esposa e mulher dedicada mas que disse: "Basta!!" quando teve sua dignidade desrespeitada por uma agressão física e anos de agressão psicológica e moral. . À você mulher, que assim como eu vai a luta todos os dias, honestamente, para que os exemplos em atitudes falem mais alto que as palavras. . À você mulher, que assim como eu tem a liberdade de dizer: "Não! Não quero isso para minha vida! " e que pode escolher seu parceiro sexual sem que tenha a obrigação de satisfazê -lo "todos os dias" por medo de perdê -lo. . À você mulher, que assim como eu, procura educar os filhos para serem "Homens" e não machos alfas. . À você mulher, que assim como eu, foi agredida, estuprada, violentada em seus direitos e que denunciou. . À vocês Homens, que cuidam de suas companheiras e as enxergam como pessoas, com defeitos e qualidades, parceiras que caminham lado a lado e que as respeitam em todas as fases da vida a dois. . À você "Homem", Policial e Delegado que, ao receberem uma denúncia de abuso ou agressão, enxergam ali a vítima e não as roupas ou atitudes que poderiam levar ao delito pois até crianças inocentes são vítimas de monstros. . À vocês, Homens e Mulheres, que se respeitam, que lutam para que as atrocidades cometidas contra ambos sejam punidas. . Obs: Não sou exemplo pra ninguém, só me orgulho de ter virado a página e não ser nem me fazer de vítima de uma situação que é cada vez mais comum em qualquer classe social: o assédio físico, moral, psicológico e sexual. . Maria Angélica de Oliveira - 08/03/17

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Angélica

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Comentários

  • 3658096?profile=original

    • Obrigada Nieves!
  • Enquanto leio seu texto, Angélica, minha pele se arrepia... 

    Como muito bem disse a Marsoalex, este dia é um dia criado pelo mescado de consumo.

    Quando me lembro da história que levou a este dia... quero chorar!

    A verdade, que você descreveu muito bem, é que esta repressão é tão real e tão presente que chega a ser triste e vergonhosa!

    A alguns anos atrás, quando visitava um bairro da periferia do interior do meu estado para formar turmas de alfabetização de jovens e adultos, bati na porta de uma mulher grávida, rodeada por crianças pequenas que estava estendendo roupas no varal, no quintal de uma casa feita com materiais aproveitados. Quando expliquei para ela do que se tratava o programa, ela me respondeu com a seguinte frase: "Estudar para quê? Meu estudo é meu marido!"

    Saí dali com meu coração doendo pelo tamanho da ignorância imposta pela sociedade... 

    Eu não sei se nos grandes centros é diferente, mas, aqui onde vivo, tenho conhecimento de casos e mais casos de mulheres (inclusive as instruídas) que são vítimas da violência moral, física e psicológica... isto é triste!

    Eu mesma já fui vítima da violência doméstica e entendendo muito bem quando você diz que se orgulha de ter virado a página. 

    Acredito piamente que ninguém além da própria pessoa que se sente agredida e/ou desrespeitada pode mudar esta realidade.

    O auxílio pode até vir de fora, mas, a força propulsora que arremete à mudança está dentro de cada um(a).

    Parabéns, flor por seu texto tão bem explanado!

    Sinto-me orgulhosa de você!

    Abraços repletos de ternura.

    :)

    3658687?profile=original

    • 3658096?profile=original

    • Elaine querida... Infelizmente esss situação é bem mais comum do que se gostaria... Vivo essa realidade todos os dias em meus plantões... O pouco caso da sociedade é irritante... Se não é comigo não importa... Só esquecem que todos têm telhado de vidro e a violência não escolhe classes sociais... Conheço crianças que estão fora da escola por que são educadas assim... O marido é quem manda e desmanda...e são educadas para serem escravas, sem opinião ou direitos... Poderia inumerar várias situações aqui de todo tipo de assédio... Vivemos num mundo machista em que eles, raras exceções, se acham no direito de atormentar sua vida caso não faça o que eles querem... É como diz um velho ditado: " Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento! "
      Obrigada por seu comentário....
  • Eu, Angélica, me casei muito nova ( 17 anos), mas nunca me anulei dentro de meu casamento, por isto, nunca precisei dizer: "basta". Embora tenha sido criada no sistema patriarcal onde as mulheres eram educadas pra casar, ter filhos e ser submissas aos maridos, eu nunca aceitei essa submissão.Sempre respeitei  meu parceiro e, em contrapartida, exigi respeito porque pra mim, numa relação a dois deve existir soma nunca anulação de um dos parceiros. Diziam que eu era uma mulher a frente da minha época, mas, sinceramente, eu não sei a frente de qual época porque nesta, onde as mulheres continuam sendo objetos sexuais e de consumo a ponto de ser criado um padrão de beleza no qual as mulheres se escravizam para serem aceitas, eu também não me encaixo. Por mais liberdade que as mulheres achem que tenham conseguido, elas continuam escravizadas por padrões criados  por homens que ainda ditam como elas devem ser para ser aceitas, aos quais elas seguem cegamente pensando que estão escolhendo alguma coisa.
    Ainda falta muito para as mulheres tomarem consciência do que é ser num mundo extremamente machista.
    O dia das mulheres ´´e mais uma exigência do mercado de consumo, assim como, o dia das mães, dos pais, dos namorados, das crianças e etc,etc,etc... Mas, mesmo assim, Feliz dia das mulheres

    • 3658096?profile=original

    • Obrigada Marso querida... Na minha família, extremamente machista e militar, éramos educados para obedecer...nunca questionar... Mas conseguimos nos fazer ouvir e mostrar nosso valor... Hoje, tudo é muito diferente... Há mais diálogo e respeito.
  • 3658667?profile=original

    • Obrigada Cristina...
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