Nesta vida cheia de portas,
Por vezes batemos sistematicamente,
Mas agem como se estivessem mortas,
As pessoas que amamos, tão arduamente.
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Elas levam tanto tempo a responder,
Que a gente acaba por desistir,
O melhor mesmo é deixá-las morrer,
Do que continuar a bater, a persistir, a persistir.
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O vento leva as coisas ocas,
De tão vazias que elas são,
Depressa esquecemos... das memórias loucas,
E ficamos à mercê das nossas mãos.
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Um dia porém estamos à janela,
A campainha toca, inesperadamente,
Já nem te lembras ...que pessoa é aquela,
E fechas-lhe a porta para sempre.
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Com o tempo a gente aprende,
A valorizar a nossa pessoa,
Cria em volta uma grande rede,
E prende quem nos magoa.
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Cristina Ivens Duarte-13/09/2017
Comentários
Pensando bem...
Pensando bem, ha sim todo tipo de gente nessa rede de gentes chamada internet, chamada cotidiano, chamada realidade (seja ela virtual ou real)...
E sempre nos esbarramos com pessoas maravilhosas que ficam para sempre em nossas vidas; que ficam por uns instantes e depois se vão, ou que simplesmente passam...
Mas cada um escreve, ainda que um pouquinho, no texto de nossa história.
Assim são os amores, as amizades.
Vivemos uns com os outros (independente da condição espaço-temporal).
E o melhor que deixamos aos corações que nos amam de longe é a saudade.
Aos que nos amam de perto, a nossa mais pura verdade.
Grata pelo carinho amiga Nina, beijinhos.
Querida Cristina, gostei muito do teu poema.
Meus sinceros parabéns!
A ti deixo este mimo que espero seja do teu agrado...
Beijos com saudades, Marcos.
Totalmente arrebatador. Que sua ousadia na inspiração seja seguida. Olha só que advocatício esse poema!
Linda poesia demonstrando,com eloquência e ternura, que amor e ódio estão bem mais próximos que nossa mente pode imaginar. Pode ser apenas uma questão de tempo.
Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!
Ás vezes esquecemos de nós
E nos entregamos a alguém
Mas, esse alguém só quer a vós
E o amor é sempre pouco, aquém
Então voltamos a pensar em nós
Pois, o maior dos homens é ninguém...
Felicidades, dileta amiga, desculpe-me pelo excesso de palavras... Mas, seu poema é inspirador, belo, uma Obra-Prima...