Devemos nós esperarmos que o outro nos traga a felicidade?
Devemos entregar nossa vida em outras mãos?
Não será isso insanidade, postura obsessiva, possessão?
Como disse Shakespeare “Ser ou não ser, eis a questão”
Não estará por acaso a felicidade, ao alcanse de nossas próprias mãos?
Não seremos os próprios responsáveis por nossas fatídicas decisões?
E por que culpar outra pessoa?
E por que tapar nossa visão?
E dormir sozinho na garoa, e jogar nossos sonhos em outras mãos?
Será que esta tal felicidade é produto de pura ficção?
Será que é mentira ou é verdade?
Será utopia, ilusão?
Mas, eu fico pensando aqui comigo
Refletindo no fundo do meu ser
Se entregar para o outro o meu abrigo, o meu ego, meu tudo, meu querer
Não estarei sendo displicente?
E interrompendo meu viver?
Não serei mais um ser inconsequente, vagando pelo mundo a sofrer?
Pois eu penso de fato aqui comigo
Que tudo isso depende do meu querer
Eu decido o que faço, o que consigo
Decido a me olhar e me ver
Eu decido cultivar felicidade
No jardim da minha vida, no meu ser
Nele também cultivo a liberdade
Minha paz de espírito, meu viver!
E para quem decidir se questionar
Sobre a felicidade do seu ser
Olhe pra dentro do seu íntimo
Bem fundo, dentro de você
Perceba que suas conquistas
Não dependem do outro,
Só de você!
Comentários
Muito belo, Sam, felicidade há que se cultivar, pois que dentro da gente ela existe.... abraço grande.
Penso que felicidade é um estado de alma, de espírito que se deve a momentos colhidos na própria existência. Parabéns pelo texto cheio de reflexões.
Afinal vale à pena nos arriscamos, porque viver feliz vale muito!
Quantas vezes estivemos na iminência de girar a maçaneta da porta que nos levaria da escuridão à claridade e não o fizemos,
simplesmente por não aceitar o impulso livre, soberano e intuitivo que conduzia nossas mãos a girar?
Não é verdade poetisa Elaine?