Morri! Algumas vezes nesta vida,
Senti, o sangue ardente escorrer,
Com a alma, completamente desvalida
E os sonhos, aprisionados por viver.
Chorei, mas fui fiel a minha fibra,
Cresci, em meio ao fétido destino,
Amei, todas estrelas que seguiam
Meus passos, descompassado e libertino.
No ardor, dos meus anseios sepultei
Palavras que nunca mais pronunciarei
E sigo, a tempestade em alto mar.
Mas vivo! De um jeito estranho eu bem sei,
Amiga, das intempéries que criei
Vagante, neste hemisfério sem lar.
Sandra Medina
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