Rouba-me!

Rouba-me!

Surge assim do nada e rouba-me!

Rouba-me meu amor e ainda diz estar tudo bem?

Ainda diz-se ser somente um empréstimo?

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Tira de mim o meu pão...

E diz-se estar faminta?

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Tira de mim minha água...

E diz-se estar sedenta?

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Vem e rouba-me!

Rouba-me meu amor...

Ainda diz-se ser só por instantes?

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Tira de mim meu cobertor, meu aconchego...

E diz-se estar com frio?

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Um disparate, isto é abuso.

Quer simplesmente um uso.

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Vai pegando, se apossando...

Sem questionar se há carimbo

Rouba-me meu tesouro!

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Atrevida, cangaceiro...!

Vem de longe, sem eira nem beira...

Vai chutando, empurrando,se apossando

Se usufrui daquilo que construí.

E rouba-me!

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Fui lá e tomei de volta.

É meu por direito!

Não empresto, não vendo e nem dou.

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Rezo minhas Ave Marias!

O vento socorre-me destas tempestades

Leva de volta este estrago passageiro

E lança-a onde tal merecer

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Vai-te pentelha atrevida!

Cure os seus devaneios junto ao quinto dos infernos

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E o vento ...Rouba-te!

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Comentários

  • 3678418?profile=original

  • Cuidado hein é melhor andar na rua com um leão de chácara! Depois que te roubarem e se apossando – irão dizer não empresto, não vendo e nem dou. Amei seu texto!

  • Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

  • 3678359?profile=RESIZE_1024x1024

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