Quando o poeta delirou a vez primeira
Sacudiu o que lhe empoava seu peito
Limpou tudo, sótão, corredor, cumeeira
Jogou todos os despojos em uma esteira
E a poesia se lhe apresentou estonteante
Criador e criatura se amalgamaram na fé
Posto que a luz divina estava ali, exultante
Um cabedal de histórias e romances em pé
E o sol distribuiu arco-íris em todo ambiente
A lua passarelou com as suas luzentes estrelas
Todos os pássaros trinaram até a noite incipiente
Os animaizinhos a fonte do amor vieram bebê-la
O poeta não cabia em si de tanto contentamento
Empalideceu, ficou marmóreo, e depois rubro
E isto aconteceu em meio a grande encantamento
O ano desconfio, mas sei que foi a vinte de outubro
Rui Paiva
Comentários
Amigos às vezes se ausentam por breves tempos, mas nunca desaparecem! Seu texto não deixa nada a se desejar. Estimado menestrel Rui Paiva se sinta também homenageado dentro da sua patente homenagem!
Poema de uma beleza espetacular, eu agradeço o privilégio da leitura. Eu estou encantada com tua poesia.
Meus aplausos!
Destacado!
Te ler é apreciar a beleza dos teus poemas. Só tenho que aplaudir o seu admirável talento, com belas inspirações e criatividade, que você sempre usa para escrever e compôr....Parabéns Meus querido Rui. Doces bjos