Sangrando Simples Saudade...

Sangrando Simples Saudade...


Quando me tomava a poesia
destronada, nua, sangrando,

cacos de mim, 
com o vigor dos cinzéis
entalhava-os nas pedras da emoção ...


Eram doídos silêncios
colhidos em meio a vagas agitadas,
no desencontro entre estrela e luar
quando tempestade num coração gritando, 
trazia relembranças...
saudade do que ainda não vivera.

Ora, anoitecer desfaz, inunda tudo...

mas, quando ventos loucos  
fazem a onda contra o rochedo rebentar,
pedras cheias de silêncio por dentro
sangram poemas de toda a raça e emoção. 
Marisa Costa

 
Música: Sangrando (Gonzaguinha)
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Comentários

  • 3650880?profile=original

  • Que lindo poema...deixando a saudade

    sangrar  no anoitecer que acontece e inunda tudo com raça e emoção

    Abraço poético

    FC

  • 3649194?profile=RESIZE_1024x1024

  • Belos versos, parabéns, poetisa, uma obra maravilhosa. Abraços, paz e Luz!!!

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