Sangrando Simples Saudade...
Quando me tomava a poesia
destronada, nua, sangrando,
cacos de mim,
com o vigor dos cinzéis
entalhava-os nas pedras da emoção ...
Eram doídos silêncios
colhidos em meio a vagas agitadas,
no desencontro entre estrela e luar
quando tempestade num coração gritando,
trazia relembranças...
saudade do que ainda não vivera.
Ora, anoitecer desfaz, inunda tudo...
mas, quando ventos loucos
fazem a onda contra o rochedo rebentar,
pedras cheias de silêncio por dentro
sangram poemas de toda a raça e emoção.
Marisa Costa
Música: Sangrando (Gonzaguinha)
Comentários
Que lindo poema...deixando a saudade
sangrar no anoitecer que acontece e inunda tudo com raça e emoção
Abraço poético
FC
Belos versos, parabéns, poetisa, uma obra maravilhosa. Abraços, paz e Luz!!!