Subsistência

Há neste invólucro as marcas da infância

As dores reprimidas em soluço

De estações oscilantes redundantes

Sobre a face açoitada, esmiúço.

 

Há um pulsar catatônico em meu peito

Em sintonia com as ondas do mar

Sangue que escorre em ritmo imperfeito

Com lágrimas e risos num pestanejar.

 

Há uma nuvem cobrindo o caminho

Devaneios e dores compondo meu ninho

Com passos afoitos me entrego à ilusão.

 

Há em meus olhos as rosas e os espinhos

O sol que me aquece e uma história em quadrinho

Consumando o trajeto do meu coração.

 

Sandra Medina de Souza

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Comentários

  • Mais uma de tuas pérolas poéticas, Sandra. Belíssimo! Bjs

  • 3625659?profile=RESIZE_1024x1024

  • Espetacular!! Parabéns!!
  • Sinto muito orgulho em ver aqui estampada aqui uma obra feita com acúmen!

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