Há neste invólucro as marcas da infância
As dores reprimidas em soluço
De estações oscilantes redundantes
Sobre a face açoitada, esmiúço.
Há um pulsar catatônico em meu peito
Em sintonia com as ondas do mar
Sangue que escorre em ritmo imperfeito
Com lágrimas e risos num pestanejar.
Há uma nuvem cobrindo o caminho
Devaneios e dores compondo meu ninho
Com passos afoitos me entrego à ilusão.
Há em meus olhos as rosas e os espinhos
O sol que me aquece e uma história em quadrinho
Consumando o trajeto do meu coração.
Sandra Medina de Souza
Comentários
Mais uma de tuas pérolas poéticas, Sandra. Belíssimo! Bjs
Sinto muito orgulho em ver aqui estampada aqui uma obra feita com acúmen!