Vagas
Iam e vinham as vagas beijar seu corpo
Que se jogava esguio entre as espumas
Nas ondulações do oceano em transtorno
Sob o olhar do céu que o amor consuma
Espalhou o vento e fizeram-se brumas...
Já era inverno e, um dia, seu corpo exangue
Tremulou entre as vagas, já sem precisão
Retomou as forças e, tal qual bumerangue
Arremessou-se nos ares em congestão
Voltando às vagas geladas do mar insano...
E, num lirismo fremente, amou sem medida
Aos olhos do céu que viu o corpo em nudez
E do vento que soprou feroz em sua descida
Gritou esse amor aos quatro cantos na fluidez
Das águas revoltas numa sensação enlouquecida...
Mas esse amor ruiu entre as vagas e o céu
Num dia de frio que afugentou o desejo
A chuva cobriu sobre seu corpo como um véu
Caiu leve, terna, selando com um beijo
O ciclo de uma vida que subiu inteira pelo dossel...
Mena Azevedo
Comentários
Querida Veraiz, muito obrigada! Bjs.
Beijos da Veraiz
Obrigada, poeta Frederico! Bjs.
querida Nieves, muito obrigada! Bjs.
Marso, muito obrigada! Bjs.
Lindo e delicioso de ler seu poema Mena Azevedo, amei
Parabéns pela inspiração romântica e mística.
Abçs carinhosos de Veraiz Souza
Feliz Dia Internacional da Mulher
Mulher, seu nome é "Amor"; sobrenome "pra sempre amar".
Feliz dia da mulher. Feliz sempre todos os dias.
Obrigada, poeta Frederico! Feliz pelo comentário! Bjs.
Em vagas de palavras dóceis, revoltas enlouquecidas
construiu um belo poema de amor selando com um beijo
o ciclo de uma vida que subiu inteira pelo dossel...
Sensacional amiga, meus parabens
FC