Título do Sarau:
Laços de amizade
Tema:
Livre
Regras de participação
1.Todos os membros podem participar;
2.É proibido o uso do tema como título das obras;
3.Cada autor pode participar com 3 obras;
4. Cada obra deve ter no mínimo 8 versos e no máximo 25 versos ou, meia lauda (página) no caso de textos em prosa;
5. Não serão aceitos poemas de cunho religioso, político partidário e erótico;
6.As obras devem ser postadas dentro do link deste Sarau e de modo escrito, na caixa principal do tópico;
7. O Sarau estará vigente por todo o mês de setembro até o dia 30 de outubro do corrente ano.
8. Permite-se apreciação (comentários) nas obras;
Este sarau será diagramado para a antologia Laços de amizade.
Boas composições!
Respostas
Aqui é o meu lugar
Um mar de poemas
Uma montanha de poesias
Um céu de estrelas em versos
Aqui é o meu lugar
Muitos modelos e trejeitos
Um embaraço de rimas
Sonetos, aldravas, Rondel, crônicas
Aqui é o meu lugar
De inspiração e ensinamentos
De sonhos sonhados
Aprendizados infinitos
Aqui é o meu lugar
Amigos, amizades poéticas
Empatia, amor e publicação
Muitos temas a nos direcionar
Aqui é o meu lugar
Aprendo com as temáticas
Imaginação e integração
Sonho acordado enfim
Aqui é meu lugar
A Domingos
07/11/2024
Parabéns Antônio. Lindo poema!
Muito grato amiga Márcia
Que linnndo poeta Antonio! Nada com expressar o que sentimos na alma e no coração. Parabéns.
Muito obrigado por seu valioso comentário
Abraços prezado João Carreira
Caxixaria
No cantinho mais discreto da roda de escritores, entre olhares trocados e silêncios eloquentes, nasce a caxixaria. Não é uma conversa aberta, cheia de palavras e promessas de explicações. Não. É mais sutil, como a brisa que passa sem fazer barulho, mas deixando a sensação de que algo foi dito. Algo muito mais profundo que palavras.
Eu estava ali, naquele pequeno encontro, observando os outros como se eu fosse apenas uma testemunha silenciosa. Sabia que as palavras que se trocavam eram apenas uma camada fina de algo muito mais significativo. No centro da roda, dois escritores, que nunca haviam se falado antes, começaram a rir. Riam da mesma coisa, sem ao menos precisar detalhar o que era. Era a visão de um mesmo mundo, expresso em dois olhares. Um espelho de ideias, onde o que se via era o reflexo da alma de cada um. Aquela risada não precisava de explicações. Era uma caxixaria em movimento.
Caxixaria é o que acontece quando os escritores se encontram e, sem pressa de falar, começam a se entender. Não há pressa para dar uma resposta, não há pressa para explicar, pois já sabem que se escutam na mais pura essência. Uma troca tão sutil que até os silêncios têm peso e significado. É uma dança de palavras não ditas, onde o olhar e o gesto valem mais que qualquer narrativa elaborada. Um sorriso discreto pode ser uma história inteira, um gesto sutil pode carregar um capítulo de emoções.
Ali, naquele círculo de troca silenciosa, aprendi que nem toda conversa precisa ser verbalizada para ser entendida. O simples ato de ouvir o outro, com atenção e respeito, já é uma forma de se conectar profundamente. As palavras se tornam apenas a embalagem de um presente maior: o entendimento genuíno. E quando isso acontece, como uma caxixaria bem feita, o vínculo entre os escritores não só se fortalece, mas se perpetua, sem pressa de ser explicado, sem pressa de ser consumido. A verdadeira amizade entre eles é escrita em gestos, em risos compartilhados e, principalmente, nos silêncios.
No fim, a caxixaria se revela como o maior segredo dos escritores: o entendimento mudo, que vai além da escrita, além da fala. É ali que se forja uma amizade verdadeira, sem exigir explicações, mas que sobrevive na memória de cada olhar.
Helena Bernardes
06 nov 2024
Excelente trabalho...parabéns, Helena!
Caxixaria!
A poetisa com maestria detalhou tudo perfeitamente.
Achei magistral!
Helena dispensa comentários.
Mas, caxixaria?
Onde será que foi parar esse vocábulo?
Ele vale mais que um conto...,
parabéns!
#JoaoCarreiraPoeta.
Muita inspiração e bela temática poética
Parabéns amiga Helena Bernardes
Entre Letras e Silêncios
No círculo onde o silêncio se entende,
palavras leves se tornam ponte e laço,
onde o olhar, sem pressa, se estende,
e o gesto sutil revela o passo.
Caxixaria, troca sem falas, pura,
onde a amizade é tecido sem trama,
no silêncio se faz a aliança segura,
e a alma se encontra, sem pedir fama.
Nos olhos que se cruzam, sem dizer,
há mais que palavras, há o entendimento,
um elo invisível que pode crescer.
E na troca muda, sem movimento,
cresce a amizade que o tempo não desfez,
um vínculo profundo que a escrita fez.
Helena Bernardes
06 nov 2024