ANIVERSARIO-CPP-09-ANOS-2

Título do Sarau: 

Laços de amizade

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Tema:

Livre

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Regras de participação

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1.Todos os membros podem participar;

2.É proibido o uso do tema como título das obras;

3.Cada autor pode participar com 3 obras;

4. Cada obra deve ter no mínimo 8 versos e no máximo 25 versos ou, meia lauda (página) no caso de textos em prosa;

5. Não serão aceitos poemas de cunho religioso, político partidário e erótico;

6.As obras devem ser postadas dentro do link deste Sarau e de modo escrito, na caixa principal do tópico;

7. O Sarau estará vigente por todo o mês de setembro até o dia 30  de outubro do corrente ano.

8. Permite-se apreciação (comentários) nas obras;

Este sarau será diagramado para a antologia Laços de amizade.

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Boas composições!

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Respostas

  • SENHORA DAS GRAÇAS, VEM!

                                    à tia Ana   

    Estão improváveis 
    Nas suas avencas 
    Os verdes que amava. 
    Já não olha as cores.

    Bem mais improváveis 
    Os tons dos bordados 
    Nas suas toalhas, 
    Em que não repara.

    Mais que improváveis 
    Agulhas e linhas 
    Entre suas mãos, 
    Sem tecer belezas.

    Pálpebras descidas, 
    Cheia de tristeza: 
    Seus irmãos e irmãs 
    Não estão aqui.

    Todos já se foram. 
    Cumpre a missão 
    Mais dura: sozinha.

    Levante seus olhos! 

    A tristeza passa.
    Precisa passar.
    Senhora das Graças
    Vem, e ela passa...

     (E. Rofatto)

    • Olá Edvaldo, que prazer ler-te novamente. Teu poema nos faz visualizar todas as cenas da Senhora da Graças em seus afazeres cotidianos, é necessário ocupar o tempo para manter viva a memória do que se aprendeu e do que se viveu. O inverno é ciclo da reflexão e a maioria dos humanos passarão por ele. Todos os ciclos da vida são cheios de riqueza e vivê-los com sabedoria é competência de cada humano. Belisssimo seu poema.

      Um abraços!

    • Uma pérola! Parabéns Edvaldo!

    • Grato, Angélica!

    • Muito belo

    • Grato, Norma!

    • Maravilhosa inspiração, caro poeta. 

    • Grato, Lilian!

  •                                                                                                            Bon jour, Tristesse

           Viúva dos rompantes de riso ruidoso, a Tristeza é uma prima-dona a desfilar seu charme discreto, mas eloquente, trajando preto – sem dúvida.

           Essa moça inclina-se lânguida sobre nossa mente, e seu véu, elegantemente desabado de diáfano chapéu, cai sobre nosso rosto, enquanto ela roça seus lábios de púrpura sobre nosso pensamento. Fatalmente terna e melancólica, o que tem de opulência esbanja em sedução.

           Mais que leviana namorada romanticamente tolinha e engraçada, a Tristeza é uma amante sagaz e confiável. Seus gestos são pausados; suas palavras, pensadas; seus olhares, crispados – bumerangues que nos levam em seu dorso para trespassar a região mais vulnerável do nosso desejo, essa jaula de leoas famintas, prontas a defender suas crias nascidas da volúpia ou do ressentimento. 

           De lá, voltamos feridos de certezas, porque a alma proclamara quem é e a que veio.

           Agora, sutil e insidiosa, sem pedir licença, esssa dama, a Tristeza, toma seu lugar de honra no enredo. 

           A partir daí, não há apelação!

           Saber-se triste repuxa uma cortina, encerra o drama e resserena quem vai se deitar com essa nova amante.  

                                                                                                                                                                                          (E.Rofatto)

    • Mais uma belíssima obra! Parabéns Edvaldo!

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