NAS BADALADAS DO RELÓGIO
Tudo acontece nas doze badaladas da noite
Flores se abrem e fecham-se delirantes
Deliciando-se com o perfume do orvalho
Polinizando de amor o cenário dos amantes
Pássaros noturnos festejam e planam
Fazem manobras bordando figuras no céu
Cortam nuvens em mil peripécias
E a noite cochila vendo esse carrossel
Árvores se enroscam, mares contagiam
Ecos de alegria retumbam na serra
Pirilampos acendem suas lanternas
E amantes se amam no seio da terra
Satisfeitos com o dia, todos se recolhem
Felizes, aguardam o início de um novo arrebol
A noite se aconchega na cortina do céu
Até a lua, se esquenta nos reflexos do sol
Gilnei Nepomuceno, 13/01/2017
Respostas
Uauua! Que lindo! Poema cheio de beleza. Linda interpretação do tema, poeta Gilnei.
Parabéns!
Maravilhoso amigo, sensacional, parabéns, abraço forte.
Muito grato.