A noite cai e fechámos as cortinas,
Os meus olhos o viram, e logo amaram,
Oh! que brilhantes ficaram as meninas,
Os nossos desejos, ambos concordaram.
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As nossas almas queriam, ainda que em tortura,
Que estranha, esta nossa ligação,
Entrega-mo-nos na ânsia da procura,
Quando amargurados, tudo acabou em vão.
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A chuva parou, para grande desgosto meu,
E a cortina, que antes nos abrigara, voou,
Ele saltou da cama e para a porta correu,
Eu tê-lo-ia beijado ainda mas, ele nunca mais voltou.
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Deixei-me ficar, a cabecear junto à lareira,
Muito sofrida, porque o meu amor fugiu,
Se ao menos a chuva, tivesse durado a noite inteira,
Eu diria que, por uma noite ele comigo dormiu.
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Cristina Maria-24-10-2016
Respostas
Belíssimo seu poema, Cristina. Parabéns!
Um conjugado muito brilhante de poesia e imagem.
Grata Amigo Sam, abraços.
Espetacular!!! Parabéns!!!