Ressurgindo

 


Tudo acabado.

Nem quero ter alguém que me abrace.

Um lugar onde encostar a cabeça cansada:

Uma pedra,

Um sofá,

Um leito...

Areia,

Uma grama fresca...

Um horizonte, um túnel

Onde divisar uma luz

Por menor que seja.

Estou desfeita, deixada,

Entregue, sem defesa,

Uma folha ao vento

Se dirigindo ao esquecimento,

Ao obsoleto da vida que se esvai.

Um som me resgata

Do turbilhão, do redemoinho

Que me suga a vida, o sangue, a vontade,

Uma cantiga de ninar: “é doce morrer no mar”

 Um despertador

Chamando-me como a sirene da Escola

A despertar os sonhos mais infantis,

Como se o pai me tomasse nos braços

Fazendo-me adormecer, com sua voz forte e firme

“...nas ondas verdes do mar”

Uma força estranha me eleva, sou acolhida, amada,

Num passe de mágica:

" Das cinzas apagadas, renasço em labaredas "

 

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Respostas

  • Belíssimos versos!

  • 14195271?profile=RESIZE_1024x1024

  • 3695280?profile=original

  • Que lindo teu poema. A fé deve prevalecer em tudo e a esperança se faz presente.

    Aplausos, maria Helena.

    Parabéns!

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