Posts de Alexandre Montalvan (559)

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Ausência da Dor

Ausência da Dor

Surpreendente é já
não existir
não pensar em chorar
não ter como sorrir
por não mais
estar aqui.

Surpreendente na morte
é o vazio
não sentir o calor
ou o frio
já não ter o bater
do coração
e ser tão somente lixo
jogado ao chão.

Ser apenas um corpo
na relva
um leão morto
na selva
sem lei
devorado por vermes
da terra
e já não mais ser
um rei.

Estar jogado sem vida
não sentir mais amor
ser apenas matéria inerte
na ausência da dor.

Alexandre

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Falar de Amor

"Amor, rebuscado sentimento que faz a alma humana subir aos céus e aproximar-se de Deus, mas ao mesmo tempo nos enche de desejos pela mulher amada e faz com que sejamos apenas carne, quente e palpitante ........"alexandre
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Engano

Engano

Um turbilhão de palavras
Letras, frases inacabadas
Na ausência da ausência
Na dor d'alma, uma viagem macabra

Implodindo as reações
Convivendo com crescentes tensões
A emoção que acaba e acaba
Macabra sensação, escalada da angustia, das aflições

Viver como se o dia de amanha fosse apenas noite
Sofrer porque cada pensamento é apenas o açoite

De um feroz feitor que se chama, amor

Procuro ouvir no silencio
Seu respirar, teu chamamento
Mas de antemão sabendo, que teu julgamento
É a minha suprema condenação

Por entre chamas ardentes eu ando
Eu caio desmaio, engano, me engano
E tudo, tudo por que, eu amo
E por mais que engano

Aquele que mais vai sofrer
Sou eu!

Alexandre
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Dizem

"Sim...o amor nos enlouquece e cega...e é um mistério,pq às vezes amamos a pessoa errada...mesmo assim nos parece a mais certa...e o amor é entrega total...mesmo que por senti-lo,possamos perder muito...ou ganhar tudo...Como disse meu amor Freddie Me
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Avesso

Avesso

A vida explode no avesso da vida
sortida de imperceptíveis tons
muda sua forma no tempo e deriva
das cores primarias e cria os marrons.

Perecível como a vida que se cria
e todos são sonhos na mesma entonação
se escreve a arte ao sabor da poesia
morta é a arte nesta nossa dimensão.

Inevitavelmente tudo é um adeus
e naquela que será a última morada
desapareceu.
E assim se vai morrendo
sem que haja qualquer sentido
toda a vida foi desaparecendo
no cálido silencio ali contido
do avesso do que era eu.

Voltou-se ao silencio absoluto
após um suspiro de trágico alento
e apenas no chão um negro fruto
odɯǝʇ oןǝd opıɯoɔ oıǝɯ ǝʇuǝɯɐɔıbɐɹʇ


Alexandre

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Esperança

Esperança

Nada eu tenho nada eu possuo
Apenas no olhar me resta,
...uma certa esperança.

Ainda carrego comigo m\'alma criança,
Percebo no aroma das rosas uma certa magia
Que encanta,
...Como ler Neruda ...Como ver Tarsila
E ainda escrever nas cinzas,
... Poesia

E te olhar nos olhos
E dizer ti amo
E brincar na areia
E correr no vento.

Fazer,
...Com que um céu cinzento
Vire primavera
Com flores e sonhos e beijos

Cheio de desejos,
Incensos e rubor,
...E eu à tua espera
Como um jarro imenso
Cheio de amor

Alexandre
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Viver

Viver

 

Brilham as luzes no horizonte

Brilham com a força da paixão

Como gotas de magia resplandecente

Que elas explodam em mil partes de emoção.

 

Sonhe o teu sonho mais brilhante

Flua na imensidão de um sonhador

Faças da eternidade um instante

Vivas intensamente um louco amor.

 

Tragas em teu olhar a doce magia

No inebriante frescor do pensamento

Saboreie intensamente este momento

Para viver e ver a luz de um novo dia.

 

Com a tua boca que tão voraz me apavora

Ou o teu revérbero  que já não é tão bonito

Com a carne que se espalhas mundo afora

Restos crus dos  teus espasmos no infinito.

Alexandre

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Ecos de Amor

Ecos de Amor

Amei-te
Como fosse a minha própria carne
Rubra!
Como a rosa que enfeitava teus cabelos
Sorri junto ao teu sorriso no espelho
Chorei quando partiu sem me dizer adeus

Jorram lágrimas em minha face morta
Em leito de folhas secas e feridas
Em sepulturas amarelas encanecidas
Que governam as minhas noites entorpecidas

Amei-te
Como o sinuoso leito do rio
Com suas aguas em brasas escaldantes
Amei-te com um amor gigante
Como o amor de Sansão por Dalila

Como a estrela que no céu cintila
Escuridão da noite que não tem luar
Só restam ecos deste amor terreno
Só restam cacos deste meu amar

Alexandre

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Versos sem Sentido

Versos sem Sentido

 

Faça apenas e somente

toda inconsequência inconscientemente

pegue toda a lágrima que rola pela face

e lace um colibri inconsistente.

 

Diga as palavras e as frases

chores na ladeira dos amores

lace as tristezas e as alegrias

cante internamente "Lá vai Maria".

 

Veja o paraíso nestas flores

elas são odores do universo

faça muitos versos sem sentido

sintas todos amor neles contido.

 

Pense que o mundo de repente

deu a você pétalas de rosas

rosas como asas simplesmente

voe como as pétalas formosas

 

Pense em um lago de águas calmas

e supere com a força da tua alma

as dores do passado e do presente

e tente ser feliz completamente.

{Ao menos uma vez ao dia}

Alexandre

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Pele

Pele

A tua pele me enche
de desejos
os teus beijos
os teus gestos que me tocam
eu gemo só de pensar.

Em meus sonhos danças
no silêncio denso e fervente
sobre a minha alma criança
intensas promessas em teu olhar
corpos em fogo. . .paixão
tua boca é veneno
o teu corpo é moreno
pura sedução
morro de prazer a cada beijo
morro de desejos
de beijar
nesta ânsia de amar.

É teu canto que eu ouço
e em sonhos...
fujo deste imenso calabouço
para poder te encontrar.

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AbStRaÇõEs

AbStRaÇõEs


Mais difícil
do que falar é ouvir
talvez calar seja fácil
e para não ouvir, partir.

E na estação do metro Sé
quantas caras desconhecidas
então cresce minha angústia já sabida
se, não se quer ouvir ou falar, melhor ter fé
talvez Carlos Drummond dissesse "E agora José".
Era um mar de ondas carnais sem direção
me deixo levar esquecendo a aflição
tantas calças e vestidos e sapatos.
Eram flash de um retrato, preto e branco
sem vida, cor ou um destino imediato
era pura abstração.

Partir bem que deveria ser fácil,
mas não é assim
Enfim partir para onde?
Como é difícil chegar até as estrelas!
A inutilidade da minha existência em um trem.
Na janela apenas sombras de sujas paredes
nem arvores ou bosques nada nem ninguém.
Por todos os lados inanimadamente seres
animados polegares digitando ferozmente
mãos, cabeças, braços em um mundo virtual.

Quem sabe estou apenas em um sonho
alguém bateu na minha cabeça, pancada forte
faz a gente delirar.
Estarei talvez no limiar entre a vida e a morte
apenas um olho na minha cabeça
vê um horizonte de alheamento,
como um cortejo que segue para me enterrar.
Meu Deus como é difícil ter de partir!
Desvincular-me da realidade e me perder em abstrações.

Finalmente eu vi a aproximação da Luz
será que ainda haveria tempo?
Quantos nomes, quantos devaneios e anseios,
tudo para acabar assim,
deste jeito, esquecido sem nenhum conhecido.
Se pelos menos como Jesus
eu fosse sacrificado na cruz
claro
não teria a mesma importância ou história
mas ficaria na memória
E por um tempo quem sabe ainda
alguém diria:
Olha lá! teve uma morte linda.

Mas não, apenas mais um desconhecido
em meio a multidão... inútil
Fugindo para não ouvir nem falar,
tendo de partir para não ficar,
procurando no real, espaço para abstrações,
isolando toda a concretude dos elementos.
Por isto então não lamento,
mas o inferno esta cheio de boas intenções.

Não sei como cheguei na rua, não na lua
como pensei que queria
não havia um céu estrelado nem anjos
nem ninfas, sátiros ou arcanjos
havia um enorme carro branco
caras agora conhecidas pois
eram brancas como cera.
Vestiram em mim uma camisa
mal feita por alguma costureira
que me impedia de pensar
de ouvir ou de falar
enfim fácil ou difícil
me levaram foi para o hospício

Que coisa não!


Alexandre
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CPP