Posts de Alexandre Montalvan (562)

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Jogo de Ilusão

Jogo de Ilusão

Senti sua ausência no mar desta cidade
Entre os traços e rostos desconhecidos
É a multidão que esta perdida na cidade
Na ausência maior dos meus dias vividos

É a própria lua que brilha pela metade
E nas nuvens vislumbro teu ombro amigo
E é este o jogo que eu jogarei contigo
Para tentar trazer de volta felicidade

Meu Deus
Porque me encontro aqui neste instante
Na profundidade obscura do meu coração
A luz diminuta desta lua que é minguante
Entre rostos insensíveis desta multidão

Meu Deus
Meus pecados não são mais doces ou azedos
Quando peco é apenas um desejo de emoção
Sem nenhuma sequela ou toque do meu dedo
Eu a criei como enredo de um cio de ilusão.

Alexandre

 

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Poesia Morta

Poetas e poetisas queridas desta conceituada casa
com esta poesia fiz um video com muito carinho
porem ele contem CENAS FORTES. Um forte abraço alexandre
Poesia Morta

Por que velas esta poesia morta?
Escrita com gotas de sangue
porque se esta alma
já não comporta
mas nunca se importa
o tanto que esta dor a constrange.

Fez do caos transformador, poesia,
com suas frias palavras marcadas
a ironia que não serve para nada
entre os entornos de pura agonia

Neste furor insano que nos cala.
Por que velas este cadáver na noite?
e esta poesia que me engole a fala
ceifada em sua carne por afiada foice

Então diga a esta criança que fique e
não se assuste, quando a luz se apagar,
quando o sol aparecer no horizonte,
com certeza novo dia ira brilhar.

Alexandre Montalvan

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Poesia Morta

Poesia Morta

 

Por que velas esta poesia morta?

Escrita com gotas de sangue

porque se esta alma

já não comporta

mas nunca se importa

o tanto que esta dor a constrange.

 

Fez do caos transformador, poesia,

com suas frias palavras marcadas

a ironia que não serve para nada

entre os entornos de pura agonia

 

Neste furor insano que nos cala.

Por que velas este cadáver na noite?

e esta poesia que me engole a fala

ceifada em sua carne por afiada foice

 

Então diga a esta criança que fique e

não se assuste quando a luz se apagar,

quando o sol aparecer no horizonte

com certeza novo dia ira brilhar.

 

Alexandre Montalvan

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Por Amar Você

Por Amar Você

No limiar de meu delírio
lentamente o azul de tão intenso, negro se faz
E a terrível escuridão que segue atrás
afasta-me do meu destino.

E assim determino,
as correntes que algemam minhas mãos
impedem-me de tocar a tuas.
Neste segredo vive a sedução
E o fluir da m'alma fria

Na agonia
em meio ao mar, que uivava que rugia
enquanto minha alma, doce ironia
tenta entender tua teoria
De explicar minha essência.

Meus pensamentos
São destroços de uma tempestade
Que vagam pelo seio frio da morte
E por toda a eternidade
Perpetuam-se de tão forte

Para amar você

Alexandre

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Amor Terminal

Amor Terminal

 

Verseja nas minhas costas, oh bandida!

pois todo o teu pranto tem origem na dor

quando explodem em pus a doente ferida

fétida tua origem e fétido o teu odor.

 

Devora-me a carne que podre é carniça

há um corvo dilacerando o meu coração

escreva o poema como a uma negra missa

com sua baba visguenta que escorre no chão

 

Adoce meu café com a peçonha da serpente

invés de manteiga passe cianeto no meu pão

no teu lábio cruel há um sorriso indecente

e no teu olhar vejo o mal e a destruição

 

Sempre a cada dia esta realidade me estupora

recorta-se e sangra no afiado fio de diamante

são meus tristes os dias na amargura da aurora

choro estas lagrimas neste assombro redundante.

 

Alexandre Montalvan

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Sofrer por Amar

Sofrer por Amar

 

Palavras. . .
E elas passavam à minha frente
O tempo era lento quase ausente
Dançavam como crianças inocentes
Iam e vinham deslizavam docemente

Uma longa inexpressiva caravana
Palavras desconhecidas,  aflitas
Mas como eram ferozmente soberanas!
Impressionavam pelas suas formas bonitas

Saiam das catacumbas como ondas
Possuíam a força da natureza
Amenizavam minha doentia tristeza
E as minhas noites longas

Palavras que agora me fazem companhia
Em minhas longas noites frias e vazias
Amenizando meu pesar
Minimizando minhas manias
A doce mania de sofrer por amar!


Alexandre

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Desalento do Amor

Desalento do amor

 

Tu és o aroma que neste instante exalo
nas noites frias em que o amor fulgura
é como uma imensa estrela brilhante
e com meu coração repleto de ternura
é tanto amor que neste instante eu calo.

É o teu amor que exala este encanto
que advêm de um quente sol de primavera
eu quero estar contigo a todo instante
vivendo o sonho de um herói amante
e levitar contigo sobre o mar e a terra.

Porem meus sonhos todos morrem comigo
morrem nos braços de um anjo alado
que em outras vidas foi meu inimigo
e agora habita e vive ao meu lado.

Se eu pudesse discernir os meus desejos
e ao te abraçar gritar o que eu sinto
faz me tornar enlouquecido e faminto
condenado a viver desesperado sem teus beijos.

 

Alexandre Montalvan

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Lago de Fogo

 

Lago de Fogo

 

O sol incendeia O meu corpo faminto

Que quer você para sempre comigo

Tocar o teu corpo sensual e ardente

Inchar teus lábios com beijos tão quentes

 

Enroscar-me em teu corpo como uma serpente

Amar-te como poucos deixar a minha semente

Amar-te como um louco sedento e carente

Na dança de amor te amar eternamente

 

Nadar em você como em um lago profundo

E fazer deste lago um lago de fogo

A nossa emoção é maior que o mundo

E como duas crianças jogamos um jogo

 

Voamos no infinito em busca do novo

Ligados por corpo e em alma também

Brincando amando em tão doce vai e vem

E lançando no espaço labaredas de fogo

 

Alexandre

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Poesia sem Cores

Poesia sem Cores

 

A paixão que na minha alma revolta

é tempestade que no deserto fulmina

nuvens negras se encontram envolta

nesta poesia sem cores que fere a minha retina

 

É nesta cidade distante e indiferente

que eu mantenho esta lascividade nativa

ao passar por estas nuvens de gentes

deslizar pela sensação  que me aviva

 

Ter nas mãos este teu corpo maduro

e sentir tua respiração imprudente

deleitar-me dos teus afagos no escuro

mesmo sabendo que o amor é ausente

 

Diluir-me como vulcão flamejante

 querer ter... mesmo sem nunca ter tido

estar presente com o coração tão distante

buscar o amor... sem nunca tê-lo sentido.

 

Alexandre Montalvan

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Um Sol Inglorio

Um Sol inglório

 

Efêmero é

o sabor adocicado

do teu púbis

donde pleito meu tormento

e me avermelho

como nunca eu quis

neste ardor

em que me assento.

 

Toco

nos teus seios ungidos

por óleos

de

origens florais

meus lábios roxos doloridos

olhos devoradores

com

sabores de quero mais.

 

No cravo

ou

na ferradura

escravo

desta ditadura

efêmero esta paixão fulgura

em

um sol que

não

brilha

mais.

 

Alexandre Montalvan

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Perdoa-me

Perdoa-me

 

Perdoa-me se te faço triste

tudo é somente um poema

para sentir ainda que se existe

e não é nenhuma dor suprema

 

Se de um jardim eu fiz um sacrifício

E todas as flores joguei pelo chão

vamos então voltar ao inicio

e com tato florir o teu coração

 

Eu não pude conter o riso

nunca fui triste ou quiçá feliz

eu faço tudo no improviso

sou seco como nunca eu quis

 

Sou como a folha de outono

lançada ao vento sem algum destino

sou um cão que caminha sem dono

eu sou a nota aguda de um violino.

 

Alexandre Montalvan

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Crisântemos

Crisântemos

 

Não há verdades no mundo que vivo

Mas tantas coisas que eu não entendo

dizem que não entender não é negativo

do contrario, mentiras, continuariam sendo.

 

Ali florescem crisântemos roxos nas esquinas

entalados em vasos desengonçados e tortos

enquanto as galhas ficam meio em surdina

flores nos chãos enfeitam túmulos dos mortos.

 

Toda a atenção nas palavras que são ditas

porque Deus deu dois ouvidos e uma boca

palavras ditas valem mais que as escritas

porem ouvi-las é muito mais que, coisa pouca.

 

Domam-se as feras com olhos de fogo e cinzas

serpentes enroscadas em gradis peçonhentos

faça por mim oração, doce pitonisa, pois

há muito tempo estou morto em meus pensamentos.

 

Alexandre Montalvan

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Alma Minha Alma

Alma Minha Alma

 

Eu sei que a minha alma é perene

mesmo que a carne esteja morta

ela se desprende , se solta.

não há no mundo quem a apequene

 

Ela é forte viril e intensa

Uma luz do meio até a borda

como um tigre feroz é imensa

do meu corpo frágil transborda

 

Mas há um lado sombrio e escuro

feito fel, no seu lado impuro

pois no avesso a m'alma é louca

 

a dicotomia que eu censuro

é como um andar sobre um muro

é um beijo amargo na sua boca.

 

Alexandre Montalvan

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Por nós ou Por mim

Por nós ou Por mim

 

São tantas emoções que me eternizo

ao ver desabrochar vermelha rosa

romper as minhas barreiras e teu sorriso

na luz desta manha maravilhosa

 

E sentir meu coração pulsar nas cores

deste lindo arco Iris enfeitando o céu

olhar este jardim de lindas flores

um quadro de Monet feito a pincel

 

E giram como um carrossel de teimosia

flores que sempre embelezam meu jardim

mesmo que a loucura substitua a alegria

 

A alma humana buscará sempre a fantasia

e enquanto houver vida faremos poesia

escritas por você, por nós ou por mim.

 

Alexandre Montalvan

"Nós, poetas, na nossa mocidade começamos com alegria, / Mas daí passamos finalmente ao desalento e à loucura."

William Wordsworth

 

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Versos do Ser

Versos do Ser 

Ser apenas um espaço físico intransponível
sentimentos  dizimados por adagas
estar perdido num caminho invisível
morrer em vida, ser uma luz que se apaga 

Nem tudo parece ser tão difícil
mas a terrível dor... não quer ir embora
o meu caminhar parece um sacrifício
portas que se fecham incólumes, me apavoram


Abelhas perdem suas asas reluzentes
flores secam em todo o universo
o sol se ofusca em cada um dos seus poentes
e a m'alma esta impregnada neste verso 

Versos escritos que navegam sobre as aguas
eles me fazem lembrar das minhas feridas
nestes sons que se desesperam em palavras
e se permeiam nestas letras mal lambidas. 

Alexandre Montalvan

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Impossível

Impossível

Impossível respirar e não escrever

impossível ter nascido sem respirar

é o medo do saber, do  desconhecido conhecer

quando se é mudo o maior sonho é cantar

 

Descobri que a caneta é a maior das armas

mata fere corrói destrói com um simples jamegão

mas tão doce quanto...é o meu triste carma

escrever respirar como um cego na prisão

 

Impossível é este meu doentio pavor

escrever passivamente na loucura extrema

neste calor que ferve na alma do criador

que retrata desta maneira infame este poema

 

Neste cantábile fortuito das minhas mãos

a obscuridade eterna e  o meu respirar fugaz

neste imenso mundo coalhado de solidão

eu sigo nesta falta aguda que você me faz

.

 

Alexandre Montalvan

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Amor Doce Amor

Amor Doce Amor

 

Todo amor é o fruto mais alto

predador incauto da paixão

e sempre nos toma de assalto

ave do cantar doce na prisão

 

Desfaz-se os versos coloridos

displasia feroz do coração

desertar amores contidos

sonhos que jamais existirão

 

Ira contemplar a dor mais doida

pois com o tempo flores murcharão

e será a sinopse da tua vida

 

Roleta russa em noite de verão

sabe para sempre está perdida

a vontade de um dia dizer não.

 

Alexandre Montalvan

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Mentiras

Mentiras

 

Eu quero amainar esta tempestade
Pintar de azul este meu sombrio céu
Florescer jardins em todos os cantos
Vou afastar de mim este negro véu

 

Quero reverter este meu naufrágio
Ver tudo de bom mesmo sendo ruim
Eu tenho de acalmar este mar bravio
Talvez então você volte pra mim

 

Fecharei meus olhos às coisas loucas
Loucuras serão apenas lucidez
Não ouvira tristeza de minha boca
E somente de amor eu te falarei

 

Eu quero dormir em teus doces braços
E quero acordar sentindo teu amor
Quero preencher todos teus espaços
Quero te aquecer com o meu calor

 

Sei que são mentiras que estou dizendo
Eu sei que não vou ser o que eu não sou
Mas há verdades neste simples texto
São as que eu te escrevo... sobre o meu amor.

 

Alexandre

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Louco Mundo Louco

Louco Mundo Louco

 

Eu não gosto das coisas pueris mais cantadas

do som e dos longos batuques ritmados

muito menos das foices grenás e dos machados

ceifando almas neste mundo civilizado

 

Eu gosto do rio roto, fétido esgoto

que quente corre viscoso em minhas veias

e que cheio de lodo pomposo e maroto

como ondas sujas que vão morrendo nas areias

 

Eu sou o fel que no mundo vê assombrado

cabeças em buracos como avestruz

nas terras que acreditam que tudo é pecado

 

Onde se rezam por Jesus pregado na cruz

guerras em que crianças morrem nos braços das mães

e onde pessoas comem em lixões como urubus.

 

Alexandre Montalvan

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CPP