A saudade aperta
Quantas vezes nem oiço nada,
Por estar a pensar em ti
Ou no nada em que me deixaste,
Onde estou alheio com uma insónia.
Sinto tanto,
Dói tanto em tanta coisa que sinto,
Que sinto saudade em tudo o que penso. Sou sensível, eu sei,
Mas se não for materialista, serei poeta.
Hoje que chove e tudo me entristece,
Como uma mágoa seca que apagou o fogo,
Se tudo ardeu, porquê é que penso em ti?
No amor e nas longas noites com beijos teus?
Bruno Alves