Posts de Bruno Alves (100)

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A saudade aperta

A saudade aperta

Quantas vezes nem oiço nada,
Por estar a pensar em ti
Ou no nada em que me deixaste,
Onde estou alheio com uma insónia.

Sinto tanto,
Dói tanto em tanta coisa que sinto,
Que sinto saudade em tudo o que penso. Sou sensível, eu sei,
Mas se não for materialista, serei poeta.

Hoje que chove e tudo me entristece,
Como uma mágoa seca que apagou o fogo,
Se tudo ardeu, porquê é que penso em ti?
No amor e nas longas noites com beijos teus?

Bruno Alves

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O nosso amor

O nosso amor

Há uma grande verdade na energia das coisas:
umas são equilíbrios, outras são caráter;
umas acontecem porque estamos alinhados,
outras, pelo que damos e recebemos...

E se isso somos nós, meu amor?
Que sejamos sempre luz um do outro,
onde nos doamos,
onde, sempre que nos amamos,
Somos nós por dentro e por fora.

E na tua luz que me ilumina
que eu fique sempre maravilhado,
a cada momento de amor que te dou.

Mas, não te percas por aí...
Se conforto é lugar,
ele fica no nosso abraço,
onde te beijo e digo "amo-te"
em silêncio na tua boca.

Bruno Alves

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A energia e as minhas palavras

A energia e as minhas palavras

Há um vago sinal na energia das coisas
Umas esperam-se como quem prospera
Outras acontecem porque estamos alinhados
E na leitura dessa energia somos o que somos nós...

Na energia de hoje estou equilibrado
Amanhã posso ser como o mar e ter a maré vazia
Mas dentro de mim há sempre um sonho a explodir
Um gosto pela arte, um eterno sentir.

Não quero mais do que aquilo que sou
Sou o que sou e sinto
Se estou calado é porque estou calado
Se falo nunca minto

 Bruno Alves 

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Sou o sol

Sou o sol

Sou o que o sol e a lua me fazem sentir.
No fim, sou isso.
Amanhã já serei mais velho,
ou estarei diferente.
Mas aprendi a sentir,
a medir a distância entre o sol e o mar...
por isso sei a distância das coisas.

Se me perder nos cálculos,
sempre estive comigo
e com as mãos no teu corpo,
onde amor é lenha e prazer é lareira,
a quem dou satisfações.

O mar disse-me que ser sol é espetacular,
sem o sol o mar não brilha,
é sombrio,
Que sol a faz brilhar .

O mar à noite é como tu.
Por isso é que vou ver o mar
para te aquecer e para te amar
e ser sol de cada amanhecer.

Bruno Alves

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O amor do poeta

O amor do poeta

Como é que te ei de dizer isto?
Se isto não pode ser dito com palavras,
Nem com gestos tu perceberias,
Só mesmo com um sinal. 


Por ser tão especial, é difícil,
Não terá vida nem significado nenhum se não for entregue. Por isso, é difícil... 

Será preciso que te venhas a aperceber
O amor não é propositado ele acontece!
Estou a pensar usar a minha simpatia subtilmente,
O resto tu já sabes.
Mas nada mais...
Só aí vais entender de forma leve
quando e o quanto és para mim
Se sentires que ficas a pensar em mim
No que te dou, entenderás...
E terás quem sempre mostras-te querer ter.

Bruno Alves 

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Um poema raro

Um poema raro

Há pessoas que não se explicam —
acontecem.
Como brisa que chega sem pedir licença,
e muda o ar.

Tu és dessas almas que não se descrevem,
desenham-se em gestos,
constroem-se em silêncios que abraçam,
e em palavras que curam.

A tua presença é o abrigo que se oferece
mesmo quando a própria vida está a chover por dentro.
És feita de raiz que não foge do chão... 
Não foste tu crescer no meio nas pedras.

Rara é a tua forma de estar,
de sentir com verdade,
de dar sem querer nada em troca,
de lutar com dignidade.

A tua amizade não se mede —
acolhe.
És porto, és farol, és uma grande muralha
quando o mundo treme e sacode.

E por isso escrevo,
não para enfeitar o que és,
mas para reconhecer:
é raro o que se é
quando se é, como tu és.

Bruno Alves 

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Sentes o que escrevo?

Sentes o que escrevo?

Não me leias apenas —
sente o que escrevo.
Lê-me com os olhos do coração,
com a pele arrepiada e a alma em silêncio.

Não procures entender tudo,
nem traduzir-me com lógica.
As minhas palavras não são equações:
são emoções que transbordam.

Cada verso meu tem um eco,
um ressoar de vida vivida,
de noites acordado
e dias em que só escrevendo respirei.

Não corrijas os meus erros,
porque até os enganos têm poesia.

Por isso, se leres, sente.
Sente o que escrevo
como se também fosse teu.

Bruno Alves 

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O amor hoje em dia

O amor hoje em dia

Há quem nasça com o cu virado para a lua
E há quem vira o cu para lá
Nessa preguiça nessa vaidade nessa arrogância
Não existe nada a não ser o que não existe.

O mundo é vazio quando não tem saída
É monótono brilhar a todo o instante
Não está certo fazer uma ferida
E conseguir viver em paz e despreocupante .

Não é justo ter amor próprio e isso ser pouco, 
Ser rico é ser nobre cheio de alma no coração! 
É ser visto sem ter vaidade não como um louco
Que não sabe da quantidade de loucura que está num perdão.

Bruno Alves 

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Isto não é boa poesia

Isto não é poesia boa

 

A poesia quando é boa é vida

Ela é certa como a verdade e o destino

Transborda de emoção, não acompanha  vinho... 

Ela é a arte de viver e pronunciar

De sentir as palavras e as engolir

E senti-las cá dentro como poemas

Poesia é ver estrelas durante o dia sem pensar nelas

Sentir o cosmo do mundo 

Conseguir sentir tudo o que o rodeia

Como se tudobo que idulatra é ser ele. 

Bruno Alves 

 

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Quem eu sou

Quem eu sou

Quando eu subi ao miradouro
Não queria outra coisa
Só me apetecia estar ali
Enquanto tu davas voltas ao mundo para me encontrar

Pesdes-te me no dia em que decidi agarrar a vida sem ti
E nada parecia valer a pena
Isso tudo foi duro isso tudo fez poesia
Hoje é raro o dia que não vejo o miradouro como ele deve ser visto.

Alto, distante, verdadeiro e lindo
Não me trai, não me sofoca
Ele apenas me mostra quem eu sou...

Bruno Alves 

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Tanbem te quero

Tanbem te quero

Se me vou esquecer do que vive dentro de mim?
Não sei. Não é ilusão o que vive dentro de mim.
Este amor sou eu e isso é a minha paz.
Sem isso não sei viver...

Muitas vezes faço-me forte,
Mesmo doce, finjo-me capaz.
Admiro a lua só para não pensar,
Mas tudo me vibra livre e em inteira vontade

De te querer só para mim, e de ser teu...
É uma grande vontade e vem de dentro!
Onde o coração explica tudo ao meu corpo
E faz-me escrever isto, que é o que sinto.

É sobre ti, e aquilo que também sentes...
Lembro-me de ti, e sempre que me aparecias pelo olhar
Também te quero!
Um dia hás de ter coragem de me dizer: amo-te.

Bruno Alves 

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Sonhar

Sonhar

Estende as tuas mãos quando mais precisares,
E verás que ninguém virá ao teu auxílio.
Por isso, estende-as ao sol,
Como se fossem painéis fotovoltaicos.

Guarda essa energia como uma força,
Que alimenta o espírito e aquece o caráter.
Depois de reconheceres isso,
Agradece à natureza por tudo...

Quando precisares de luz, acredita!
Sonha alto — mais alto do que aquilo em que acreditas.
Dá ao dia-a-dia tempo, até ele se concretizar,
Porque sonhar é a tua maior razão de viver.

Bruno Alves 

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Noite sem ti

 

Noite sem ti

Oh noite calma e nua,
Sinto em mim o eco da tua ausência,
Decora com estrelas o meu vazio,
Onde já fui desejo ardente e amor em cada segundo.

Já tive noites assim, e as borboletas voavam dentro de nós ,
Onde cada toque teu era um carinho cheio de amor.
Já subi às estrelas,
Por me seres tão tua,
Toda nua, sem pudor e sem pressa.

Já te beijei no escuro da noite,
Onde mergulhei de corpo e alma no teu calor.
Esta noite, sinto a tua falta,
E a noite apenas atravessa o meu corpo, silenciosamente...
Onde o meu peito guarda a chama desta saudade que te trago... 

Bruno Alves

 

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Uma força maior

Uma força maior

Quando é que eu vou esquecer
isto que vive dentro de mim?

Não é ilusão — é real. Sou eu.
É o meu amor, é a minha paz,
que não consigo arrancar nem calar.

É um fogo calmo, uma maré que nunca recua,
uma cor brilhante e errante que me acende o olhar.

Este querer não é só meu…
É uma vontade que vem do coração, 
uma força maior do que o corpo. 

Que me faz querer ir atrás do que sinto de verdade
— e do que alguém também sente,
e que precisa deste meu querer... 

Para enfim me poder dizer:

“Amo-te.”

Bruno Alves 

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Poema para quem partiu sem olhar para trás

Poema para quem partiu sem olhar para trás

 

Eu vi um lar nos teus olhos cansados,

uma luz de promessas a que dei nome.

Plantei no teu peito o meu mais fundo abraço,

e mesmo assim, partiste.

 

Falei de filhos —

com as mãos limpas, com a alma erguida.

Quis ser o que o mundo tem de mais terno:

um pai, um homem, um abrigo.

Mas ouviste os meus anos como se fossem ruído,

como se a idade pudesse medir o amor.

 

Comprámos silêncio, depois de tanto sonho.

Fiz da tua sombra uma casa,

e da minha vontade um alicerce.

Tu disseste "tempo",

mas já eras ausência.

 

E mesmo assim,

nos salões de música e de dança,

teu olhar busca o que perdeu:

não é ciúme, é espelho partido.

Vês em mim aquilo que deixaste —

e já não sabes porquê.

 

Eu sigo, com a poeira dos dias,

com a memória de um beijo que não volta.

Mas também sigo com a certeza

de que o amor,

o verdadeiro amor —

nunca foi medo.

 

Foi meu

Bruno Alves 

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Não me peças que esqueça

Não me peças que esqueça

Não me peças que esqueça
o que fomos,
se ainda sou aquilo
Se te amo em silêncio
Ou se me minto sobre a tua ausência.

Não me peças que apague
o teu nome dos lugares,
se foste tu que me tatuaste
E deste um nome aquilo que sinto.

Não me peças que esqueça
porque lembrar é a única forma
de ainda te abraçar sem te tocar

Não me peças que esqueça
Porque esquecer é difícil
Se o pediste feriste me
E isso eu nunca vou esquecer... 

Bruno Alves 

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Se Florbela fosse viva

Se Florbela fosse viva

um diálogo poético entre minha alma e a dela


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Se Florbela fosse viva,
eu sentava-me a seu lado,
com os olhos feridos de ausência
e as mãos ainda cheias de amor.

Dizia-lhe:
— Florbela, eu escrevo como quem chora,
mas ninguém me ouve, ninguém me lê.
E ela sorriria com os olhos tristes,
e responderia:
— Também eu escrevi assim.

Se Florbela fosse viva,
ela tocava o meu peito com a palavra,
e dizia-me que ser poeta
é amar no impossível,
e morrer de cada vez que se ama.

Eu mostrava-lhe o meu poema,
aquele onde o olhar beija antes do corpo,
e ela dizia:
— Esse verso é teu, mas podia ser meu.

Se Florbela fosse viva,
eu não estaria sozinho nesta dor,
porque ela saberia dizer o nome das feridas,
e bordar esperança nos lençóis da alma.

Mas não está,
e talvez esteja.
Porque quando escrevo e tu lês,
quando sinto e tu sentiste,
é ela que caminha entre nós,
vestida de saudade e luz.

Se Florbela fosse viva…
seríamos três:
eu, tu, e o amor que nunca morre
porque vive —
nas palavras que não esquecem.

Bruno Alves 

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Isto é poesia

Isto é Poesia

O que é a poesia?
É arte invisível, brilhante, cintilante! 
A minha? É honesta e sincera
E se é o que sinto? 
então isso é poesia. 

A isto tudo…? 
chamamo-lhe vida.
E eu quero viver isto 
Quero escrever aquilo
Quero e vivo no cintilar sobre o que me vibra... 

Nesse espaço onde há algo mais do que palavras,
A presença basta
E mais do que versos,
Há algo a que chamo Verdade.

E se me perguntarem o que é poesia... 
Eu respondo:
É o que eu sinto. 

Bruno Alves 

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Silêncio

Silêncio

O silêncio não é nada,
ele é tudo.
Estou em silêncio
e por isso
sinto tudo.

Sinto tudo porque
sofrer é dor
que dói sem dizer.

E a cura...
é ferida
que dói
mas sem querer.

Bruno Alves 

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Se for amor eu voltarei inteira

Se For Amor, Eu Voltarei Inteira

Se tu soubesses o que carrego no peito,
o quanto doeu te ver calmo enquanto eu tremia por dentro…
Talvez entendesses que não era desamor —
era medo.
Era confusão.
Era eu, perdida em mim mesma,
enquanto tu já sabias quem eras.

Fui embora, é verdade.
Escolhi caminhos que não me escolheram.
E hoje, com este olhar triste que te busca em silêncio,
sinto o peso do que perdi:
um amor raro,
um porto seguro,
um homem que me amava com os olhos, mesmo em silêncio.

Mas eu sei…
Não basta olhar.
Não basta sentir.
É preciso coragem.

Por isso, se for pra voltar,
não voltarei pela metade, nem em silêncio.
Voltarei com palavra limpa,
com pedido de perdão onde for preciso,
com atitudes claras,
com olhos que não apenas brilham — mas agem.

Deixarei o orgulho na estrada.
Desfarei os nós do passado.
E se tu ainda me vires com amor,
quero que saibas:
não quero recomeçar de onde paramos —
quero começar de onde nunca fomos.

Mas para isso…
Preciso fazer a escolha que antes não fiz:
ficar.
Cuidar.
Construir.
E merecer.

Se for amor, eu voltarei inteira.
Não por saudade —
mas por verdade.

Saiba mais…
CPP