Posts de Ednei Pereira Rodrigues (25)

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Ruínas do que eu penso

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Monília na Mobília 
 
Alguns não querem o conforto 
O sofá não aguentou os sofismas 
A sofisticação dos dias 
Buscava a simplicidade de um olhar 
Tentaram estofar a poesia com metáforas 
A espuma era do Mar 
Não era retrátil 
Sua maciez vinha de um tacuru 
Térmites queriam o término 
Ofereci demerara 
Em troca de mais uma estrofe 
Permuta para o demasiado 
Escambo para o excessivo 
Barganha para o exorbitante 
Chega disso 
Elas tinham razão 
Seria melhor ter terminado na primeira estrofe 
Basta do que crasta. 
 
                          Ednei Pereira Rodrigues
 

***tacuru:Montículo de terra fofa, feito pelas térmites, de preferência em lugares úmidos ou alagadiços, chegando por vezes a atingir mais de um metro de altura.

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Anagramas frugais

*** POESIA ESCRITA APÓS A LEITURA DA POESIA DE ANTÓNIO RAMOS ROSA PALAVRAS

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AS PALAVRAS
 
Adiro a uma nova terra adiro a um novo corpo
As palavras identificam-se com o asfalto negro
o tropel das nuvens
a espessura azul das árvores acesas pelos faróis
o rumor verde
As palavras saem de um ferida exangue
de teclas de metal fresco
de caminhos e sombras
da vertigem de ser só um deserto
de armas de gume branco
Há palavras carregadas de noite e de ombros surdos
e há palavras como giestas vivas
Matrizes primordiais matéria habitada
forma indizível num retângulo de argila
quem alimenta este silêncio senão o gosto de
colocar pedra sobre pedra até á oblíqua exatidão?
As palavras vêm de lugares fragmentários
de uma disseminação de iniciais
de magmas respirados
de odor de gérmen de olhos
As palavras podem formar uma escrita nativa
de corpos claros
Que são as palavras?Imprecisas armas
em praias concêntricas
torres de sílex e de cal
aves insólitas
As palavras são travessias brancas faces
giratórias
elas permitem a ascensão das formas
elevam-se estrato após estrato
ou voam em diagonal
até à cúpula diáfana
As palavras são por vezes um clarão no dia calcinado
Que enfrentam as palavras?O espelho
da noite a sua impossível
elipse
Saem da noite despedaçadas feridas
e são signos do acaso pedras de sol e sal
a da sua língua nascem estrelas trituradas.
 
António Ramos Rosa
 
de Gravitações(1984)
 
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A sombra da árvore na parede do quarto

 

Galhos adentro

A metáfora vai aprender a fazer a fotossíntese

Terei frutos na jaça?

Pilé na pildra

Tomara que não seja jaca

Talvez Ababone

Abone devaneios incautos

Amotar o âmbito

Orgulho desse cadabulho

Bito na inópia

Pinoia de um ramerrame

Ramos do Pinoguaçu

Eu lia António Ramos Rosa

O livro fez de minhas mãos um pedestal

Púlpito pulsante

Supedâneo percutâneo

Eu era a inércia

A cadência do cadáver.

 

                     Ednei Pereira Rodrigues

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Animais do Anideísmo

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Resolução

 

Mear o título

Em busca da ablação

Quando o lúrido era hegemônico

A lúria no pescoço fez complô com o sufixo

O arrecabe fez conluio com o arrebol

Suscitou soluços

O Sol era cáustico

A insolação prejudicou a metáfora

O prefixo era um animal quadrúpede

Usou o corte rés

Haraquiri da metáfora

Arrebunhar o arredado

O arrebol tentou reparar o semáforo

Quando tudo era monobáfico

Traços de luz divergentes

Continuo sendo diáfano.

 

                    Ednei Pereira Rodrigues

 

 

 

 

 

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Anagramas fragorosos

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Avarias

 

 

Não se preocupe

É só crupe

O rupe vai parar com o purê

Era pra ser algo rupestre

Avangar com o fardo

Avacalhar a metáfora com o óbvio

O prefixo muge contra o silêncio

A vacuidade da existência

Fingir o findar no isagoge

O prefixo pierídeo sucumbiu

Pucela tem o seu sufixo de cárcere

Precisava de liberdade para o estro

Precisava de um impulso

Catapulta com seu prefixo de busca

É quase uma rascoa

Talvez num alcoice

Encontre o lirismo que faltava.

 

                Ednei Pereira Rodrigues

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Prefixo de busca

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Catástrofe

 

O deslinde do inconsciente

Alinde para o flagelo

O silêncio deslinguado

Averiguado seu prefixo volátil

Catarto para o acatarto

Foi rápido para contextualizar o deslize verbal

Tudo se deslocava intensamente

Não queria ficar aqui

O texto não era o limite

Depois da tempestade, eles devem deslodarem-se

Deslodou a metáfora com o auxílio de um trator

Ninguém estava preparado para a lama

Eram jovens ainda

Ainda dava para ficar deslumbrado com o abstrato

Precisavam de pretensões

Epopeizar o ínfimo.

 

             Ednei Pereira Rodrigues

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A consequência do êxtase

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O arrebatamento da metáfora
 
Heresias seria se fosse sacro 
Laicizar o pensamento
Nua na nuvem a metáfora adamita
Admita o peso
A pose do abstrato
Asperizar Asperitas
Ainda existia um pouco de pudor
Uma manteleta sobre a vulva
Altamente para uma analogia aérea
A turbina é um túnel que dilacera
Mantinha o manto até o mento
Mantimentos para a metáfora andrófaga
O aviso para não virar a página com a falange era pra ser respeitado
A metáfora cuspiu a ceratina
Aproveitou-se a creatina
Ficou apenas a impressão digital para a Papiloscopia
Como um fóssil para análise de gerações futuras
Sem deturpar os resultados da pesquisa
Um pouco de carbono foi encontrado
Alotropia do alor
 Pouco e o calor que se sente 
O calônio de uma nolição
Perturba a mente.
 
 
                                         Ednei P.Rodrigues

 

 

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A maresia não oxida a metáfora

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Concóide
 
Redijo concomitantemente o rijo ao madrijo
Paliativo para a dor
Lapidífico o lapso
Até aparecer a laqueca
Não percebeu que está poesia é concóide
A maresia não oxida a metáfora
Mesmo com seu prefixo de metal
A meta é outra
O eflúvio  é de patchuli
Concorda com a metáfora
Como se fosse possível discordar
Tens viés de sátrapa
Anagramático seria ástrapa
Melhor pensar dessa maneira
Não fugindo completamente da ideia 
Pois ainda é pontiaguda  
O sangue no tapete discorda do restante da decoração
A corda no pescoço também
A decodificação de tudo
Coisas simples como um cumprimento
Ola é um redemoinho na água.
 
      Ednei P.Rodrigues

 

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A condrificação da metáfora

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Tudo o que concerne uma flor
 
Corpo de Egéria
Metáfora obstruindo uma artéria
Sua cona é uma flor para a Hespéria
Artequim para o hirto
Para a condrina 
A condrificação da metáfora
Como matassa,uma ameaça para a vida
Matolagem sob o prefixo suicida 
A letomania da letra
Sua metade ave deixa tudo mais tênue 
Artena impulsiona a arte
Condor que paira sob a dor
Não era pra ser assim
Condom para evitar a proliferação
No painel dava pra ver quase tudo
Visão ampla sobre algo
Uma vida que se perdeu com pleonasmos
Pelo que eu sei nada muda
Não adianta o esforço
Vai ser tudo em vão.
 
Ednei P.Rodrigues

 

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Descrição de imagem

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Itinerário


Sim, ela passou por aqui
Deambulações contra a inércia
Sucar o Sucaro
Andareco encarado
Sem terebrar minha pupila com seu cuissarde
Ainda posso sentir seu eflúvio
O cadarço desamarrado faz cócegas
Prognose da queda
A sola do seu sapato
Esmagando o meu crânio
Neurônios na sarjeta
Sinapses com a cidade
Capacho de Cachopa
Um pouco de podolatria
Trampling que excita
Seu hálux com onicocriptose
Seu eritema pérnio
Não impede de ser musa.
 
                                              Ednei Pereira Rodrigues
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Prefixo Hierático frugal

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imagem:Tentação de Santo Antônio feita por Salvador Dalí

Amêndoas 
 
Não vai ser excomungado por isso 
Amornar o marrano 
Anatematizar a metáfora 
Estava tão ameno 
Que toda amência não vai atarantar 
Terá a bênção do benario 
Aquiescência do Aquilão 
O Prior persignou o pior 
E o cético acreditou no tético 
O cetáceo teve sua extrema-unção 
Introduzir o introito na introflexão 
Hieratizar o profano 
Prefixo abreviado do que instrui 
A heterodoxia da estratégia se justifica 
A gangrena da gangarina 
Acroase para o sacro 
Prece precedente ao precipício 
Sem previsão de precipitação. 
 
                                   Ednei Pereira Rodrigues
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NÃO ESTÁ ESCRITO ERRADO

 

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A CROTINA

O que queres esconder ?
Com essa saiona que veste ?
Ou pálpebras
A blefaroptose
A anosia ?
A crotina que expele da cona quando está no cio ?
Cretina de enticar
Enganou minha retina
Cacos do olho de vidro
Fragmentos de mim
Agora vejo tudo em pedaços
E me corto constantemente
Em busca de sua constância
Essa mania de andar descalço
Vou acabar perdendo o hálux no hall
Ser vítreo em tempos difíceis
Refletir a confusão e incertezas que vivemos
Reverberar o Reverbério.


                         Ednei Pereira Rodrigues 


Significado de Crotina:
substantivo feminino
[Química] Mistura de crotalina e crotonglobulina, que se assemelha a uma toxina bacterial, pelo fato de causar a formação de um anticorpo, quando injetada em um animal.

 

 

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Insulto contido pela metáfora

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Megera

Me gera, ela disse
Imposição de condições
Prepotente oculta a ponte
Faça por merecer
Não vale o esforço
Sem valerobromina
Retribuição da Retrete
Vou retravar
Se não tiver um encômio
Mesmo entômico
Um emoticon para anagramas
Apenas seu retrato retrátil
Não é o bastante
Tem que retransir no corpo
A retranca é inevitável
E o bucho túrgido
E apenas vontade de ser Lua
O corpo eclipsado vesti a noite
No Perigeu fica prenha
Uma embolia amniótica originou o caos.
 
                                Ednei Pereira Rodrigues

 

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Realismo Superado

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Ela fuma e corta as unhas na varanda
 
Ainda tinha um pouco de esmalte
Ceratinizar a metáfora
Quando pensava no monobáfico
O apartamento restringe a metáfora
A metáfora era túmida
Quando pensava num céu cheio de balões
A bagana podia ser a centelha da criação
Ou incentivo ao incêndio
Teicopsia na teia
Urdidura de um dia consuetudinário
Consubstanciar a metáfora
Seu nome podia ser Consuelo
Elo com a elocução
A guimba acertou a elódea
A prisca podia ser de Priscila
Ignoro seu nome
Egéria sem uma artéria
Chamo de chaminé para todo esse chamiço
Quase queimou  Chamelli
Anagramático andrógino de Michael
Não dava pra ver direito.
 
               Ednei P.Rodrigues  
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Vontade de ser vulcão

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Coliquativo

 
É preciso tomar cuidado,com o poema colisivo
 Mantenha distância
Pode derreter a unha
O umbigo sempre foi aspirante a ser Axial
E a manhã axicarada não deixa sentir o gosto da felação
Cerâmica de revestimento
Um êxtase feldspático por causa do magma
Sua metade tadorna
Adnotar o adnominal
Fatores que influenciam o preço do petróleo
A noite líquida não respeita o sentido anti horário dos fluídos
Nem da para ficar ébrio,bebendo um litro
O suor influencia a floresta que se formou com o floretato
Sem tato
Uma pérula como peruca
Efeito colateral da quimioterapia
A lesão da pleura foi superficial
Ainda estou longe da superfície
Isso e o mais perto que consigo chegar de você.
 

                                     Ednei Pereira Rodrigues

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Notícia Poética

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***poesia inspirada de uma notícia de jornal

 https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2020/04/turistas-quebram-quarentena-na-india-e-sao-obrigados-a-escrever-desculpe-500-vezes.shtml

बहाना



Melhor ficar por aqui mesmo
A prudência foi tanta
Que ficou apenas PRU contra o silêncio
Tergiversar o tergo sem asas
Não ia conseguir ser redundante
Só iria conseguir bisar a brisa
Insistir no Ínsito
Teimar com as metáforas
Cismar com o que cisa
Decantações são necessárias
Faço plágio da plaga
Decalque de mim mesmo
Obrigue-os a escrever 500 poesias
Cumprirá sua incumbência sem incutir o incurso
Meação não vai adiantar
Meaçar o macaré, idem
Subterfúgios para o Submerso
Emaçar metáforas para uma nova impressão
Depois um Decametônio
O ralho sem vergalho
Admonenda adenda ao que se pensa.
 
 
                               Ednei Pereira Rodrigues

 

***Obs:o Titulo está em um idioma falado na Índia que significa ,desculpe

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Arquitetura inventada

Infiltrações

O teto é tétrico
O lustre é meu Sol domado pelo interruptor
Aqui não é Lapônia
Mas tem Sol da meia-noite

 

 
O teto tentou imitar Tétis
Quando chove muito
Formam-se goteiras e pinga
A torneira faz plágio

O teto nunca será Tétio
Sem tetimixira
Tentou imitar o aquário
Ictologia inventada

O teto nunca será o limite
E nem preciso de tetrilo para destruí-lo
A metáfora e a tetriz que impulsiona tudo
Daqui da pra ver Ástrapa

O teto é tretonal
Cada nicho que se abre
É uma passagem para minha fuga
Pode até ser fugaz

O teto serve de ninho
Onde a argiope faz sua teia
Para capturar o pássalo
Pode até ser pássaro

O teto não é totalmente inútil
É preciso valorizar o intrínseco das coisas
Mesmo que seja supérfluo
Existe um pouco de flúor na palavra.
 
              Ednei Pereira Rodrigues
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Mais do Mesmo

A bituca 
 
Invólucro da palavra cáustica
Cautela com o cautério
Com o critério de aceitação
A saliva afoga a metáfora
 
Revestimento de revés
Enfim o enfisema
Sem enfitismo
Enfiuzar o enfeudado
 
Enfestar o enfermo
Enferretar com enfeluje
Vontade de enfeltrar 
Ser enfeite do dístomo
 
Alterar a dicção
Toda dicacidade congruente
A metáfora emerge dessa cacofonia
Não ficção de um dia cacoépico.
 
 
                                             Ednei P.Rodrigues 
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Anagramas ínfimos

Tarugo de esbrugo
 
Agora que sou chão
Pavimento de pavio curto
É como um rastilho de pólvora
O estopim do estonteio
Alusão a bituca que você descarta na sarjeta
Não faz muita diferença se você espezinhar
Estonar o percurso 
Sem estrona no anestro
Acabou com tudo que entrosa
Não gosta de tacos
Tudo o que eu tasco 
Tarugo de esbrugo
Não faz muita diferença o albugo
Sem clichês
Aliche só se alguém cuspir
Na hora da xepa, uma mistura de sabores
Encólpio para o Licopeno
E o chicle que rumino 
Você rouba na sola
Meu único Sol
Não faz muita diferença a iluminação.
 
                         Ednei Pereira Rodrigues
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Descrição de imagem

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O dorso do rei


Postigo para outra dimensão
Abrigo para o impetigo
Postimária de tudo
Menos da postura
Aguenta o fardo
O manto de cetim impõe respeito
Acetinar a metáfora
Reverência ao que reverdece
Seu trono de alfombra
Acomoda o troncho
O corpo não é mais o mesmo
O vitiligo camaleônico
Leucopatia ao léu
Paradoxo do mocho
Mociço cediço mostra o viço
Submisso ao postiço
Prostração do prótalo
Sem protamina
Condição para se desenvolver uma trombose
Sem proteção da inércia
Vulneráveis as vicissitudes
A prótea tem permissão para florescer.


                                    Ednei P.Rodrigues

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Poesia em tempos de pandemia

 
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Imagem:Jean-Antoine-Theodore Giroust, Edipo a Colono, 1788.
 
Mantenha distância
 
 
A cura não veio do céu
Tiveram que aumentar os insumos
As restrições
Agora nem pode sentir saudades
Extremamente proibido
Descrições de distrições
Apenas adstrições estão permitidas
Terá o beneplácito do tácito
Para expor o que pensa
Foi decretado o decréscimo
Que a essência não era essencial
O essexito era pra ser ignorado
O essencismo não era grave
A solução era um placebo
Adiar a adipectomia
Mafuá cancelado sem muafa
Verbena que o verbo faz para o silêncio
Certamente o certame vai ser anulado
A inércia no lugar mais alto do pódio
Exibe sua medalha de ouro. 
 
Ednei Pereira Rodrigues
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CPP