POESIA
P
O
E
S
I
Art(i)manhas // esmeradas // com(pensadas)letras
Gilnei Nepomuceno
(15/04/2011)
CONCEDA-ME O VERBO
Dê-me o verbo amar
Conceda-me o futuro presente
com todas as conjugações
De um tempo sem fim, feliz
Firme no olhar, com concretude
Deixa eu verberar você
Usar seus prefixos e radicais
Conjugar-te de todos os modos
Do presente ao infinitivo
Eu fundido em tu para sermos nós
Escrevendo nossa história
Gerundiando nosso destino
eternamente plurais
Amando-nos sem tempo de parar
Gilnei Nepomuceno, 20/05/2012
Há quase dois anos
NO SILÊNCIO DAS HORAS
Juras de amor entre quatro paredes
Nas doze badaladas do relógio
Sussurram nas bocas palavras de amor
Sem censura liberta-se o desejo impróprio
O ponteiro escorrega nas curvas do desejo
O vento traz à tona o cheiro da flor
Corpos sem segredos a mil por hora
Lábios deslizando na carne sem pudor
Mãos se entrelaçam varando a noite
Somos protagonistas a sós, a dois
Sem culpas, cobranças, nem pressa
O importante é o agora, sem depois
Gilnei Nepomuceno – 09/01/2017
PONTE AO CORAÇÃO
Sou corda bamba, sem gotas de carinho
No fio da vida tento me agarrar valente
À última gota do beijo da tua boca
E vou qual equilibrista insistente
Tentando vencer a distância íngreme
Que me fez escorregar de tua mão
A(corda) que no tempo ainda há
Uma ponte que leva ao coração
Gilnei Nepomuceno