Posts de Ilario Moreira (677)

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Prazeres hedônicos

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Gosto de depravadas messalinas,
com ares de figuras sacrossantas.
Mesmo que pareçam serem distintas,
gostam de cometer indisciplinas.
 
É lúdico o carinho das felinas,
focam em deleitar, não faz perguntas.
Estas musas por sexo são sedentas,
são o oposto das sinistras vitalinas.
 
Quero deslizar minha mão em seu corpo,
conhecer toda sua intimidade.
Não pretendo agradar, sou um misantropo,
 
então, pode fingir ter castidade.
Do entono o ser humano é o arquétipo,
na terra, todo amor é falsidade.
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O amor do homem é uma falsídia

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Oferece-me seu terno sorriso,
porém, desejo o seu corpo, o seu sexo.
Olho no espelho e gosto do reflexo,
um súbito delírio de Narciso.
 
Toda vaidade é falta de siso,
logo ao constatar fico perplexo.
Tentando resgatar lépido o nexo,
o correto do ilógico diviso.
 
Vou buscar meu latíbulo nas pândegas,
com as bacantes faço meu retiro. 
Perco-me no plural de tantas nádegas, 
 
toda norma moral fugaz pretiro.
Sei que minhas parceiras são sacrílegas, 
mas, destas Ninfas quero ser o Sátiro. 
 
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O calabouço das almas

 

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Almas encarceradas nesta terra,
saudosas das visões celestiais.
Tentadas por desejos bestiais,
vê a salvação como uma quimera.
 
Neste mundo sensível vive em guerra,
consigo mesmas não são cordiais.
Entregue a frenesis coloquiais,
sua substância olímpica desterra.
 
Demiurgo será sempre seu auriga,
apresentando-as para a eternidade.
Sanando o seu torpor, sua fadiga,
 
tratando-as com amor, com equidade.
O bom mestre seu filho não fustiga,
sabe reconhecer a santidade.
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As musas e as dores

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Hoje, acordei deveras melancólico,
o passado vagando pela mente.
Mesmo sentindo dor intensamente,
descubro o seu caráter psicodélico.
 
Neste universo reina o mago, o idílico,
que consigo observar tacitamente.
Concedo-me um prestígio de demente,
quando vou transcrever para o meu público.
 
Quando a saudade meu âmago fere,
sinto uma detestável sensação.
Esta chaga em meu júbilo interfere,
 
chega a dilacerar meu coração.
Faz com que o sofrimento prolifere,
mas, não mitiga a minha inspiração.
 
Ilário Moreira
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Ode a deusa, a mulher e amante

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Este ser divinal é o arcabouço,
de nossa humanidade pelos séculos.
Suplantou colossais revés, obstáculos,
destruindo intangível calabouço.
 
O amor casto é seu fiel esboço,
sempre irá preservar todos seus vínculos.
Na hora de amar são tórridos seus ósculos,
seu abraço um salutar escaramuço.
 
Ao descrever fico entorpecido,
faltam verbos em meu dicionário.
Este ente deve ser enaltecido,
 
pois, todo homem é dela originário.
É o portal tangível conhecido,
que une o mundo divino ao ordinário.
 
​Ilário Moreira

 

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A deusa mulher

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​Desliza sua língua pelos lábios,
enquanto, seu olhar tácito me chama.
Entre as coxas há uma ardente chama,
que seduz tanto os tolos, como os sábios.
 
Não importa se os propósitos são dúbios,
desejo ser queimado por tal flama.
Logo após fazer parte desta trama,
vou livrar-me de inúmeros distúrbios.
 
Esta figura ímpar é idêntica,
Tasmetu, a divinal dos Babilônios.
Por ser uma deidade é pragmática,
 
e, transporta-me para seus domínios.
Por esta relação ser simbiótica,
consegue exorcizar os meus demônios.
 
Ilário Moreira
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